Delegado Geral da Polícia Civil da RM Vale, Múcio Mattos Alvarenga confirma que crime se trata de uma execução encomendada contra o advogado em Taubaté
A Polícia Civil deu início às investigações sobre o assassinato de Leonardo Bonafé, advogado criminalista e filho de Flávio Bonafé, candidato a prefeito de São Luiz do Paraitinga, ocorrido na manhã desta quarta-feira (28). O crime levanta suspeitas de motivação política ou profissional, descartando a hipótese inicial de latrocínio.
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Segundo o delegado Múcio Mattos, diretor do Deinter 1 e responsável pela Polícia Civil na região do Vale do Paraíba, não há indícios de que o objetivo dos criminosos fosse o roubo seguido de morte. “Uma coisa é certa: não foi um latrocínio. Quem praticou essa conduta hedionda não tinha como objetivo o patrimônio. Tinha como objetivo ceifar a vida de um jovem advogado com uma carreira promissora”, declarou o delegado durante coletiva de imprensa no Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
A investigação considera duas principais linhas de apuração: o trabalho de Leonardo como advogado criminalista ou o fato de ele ser filho de um candidato nas eleições municipais deste ano. “Latrocínio não foi. Mas pode ser passional. Pode ser muita coisa. Qualquer coisa que se diga nesse momento é prematuro”, acrescentou Mattos.
A Polícia Civil está conduzindo diligências para esclarecer o crime e espera conversar com Flávio Bonafé, pai da vítima, o mais rápido possível. A relação do crime com a campanha política do pai é uma hipótese que será investigada com prioridade. “A investigação está iniciando agora. Não temos o laudo da perícia, não temos o laudo necroscópico. A determinação da Secretaria de Segurança Pública, em razão do pai da vítima ser candidato à Prefeitura de São Luiz do Paraitinga, é buscar da forma mais rápida possível se (o caso) tem alguma relação com esse fato”, afirmou Mattos.
O delegado também mencionou que os criminosos possuíam informações precisas sobre a rotina de Leonardo, o que reforça a tese de premeditação. Não foram encontrados cartuchos no local do crime, sugerindo que a arma utilizada não era automática ou semiautomática. “Eles (os criminosos) tinham informação sobre a vítima. Não era um segredo o local de trabalho dela, onde ela recebe os clientes que assiste, mas eles tinham essa informação”, disse.
Além disso, o celular de Leonardo foi apreendido e será analisado para descobrir se o advogado havia recebido ameaças ou manifestado medo em seu círculo social. “O celular da vítima foi apreendido para nortear a nossa investigação. Vamos saber pelo celular se ele estava sofrendo alguma ameaça ou se relatou com as pessoas do seu meio social que estaria com medo de alguma coisa”, concluiu o delegado Vinícius Garcia Vieira, titular do setor de homicídios em Taubaté.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também se manifestou e acompanha com atenção o desenrolar das investigações, esperando que os responsáveis por esse ato brutal sejam identificados e levados à Justiça.
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