Polícia Federal investiga suspeito de liderar golpes bancários em pensionistas em Caraguá; esquema envolvia uso de identidades falsas

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (13), uma operação em Caraguatatuba, contra uma quadrilha suspeita de aplicar golpes bancários em pensionistas. O principal alvo da ação é um homem investigado como líder do esquema criminoso, que vinha atuando com fraudes envolvendo benefícios previdenciários da Caixa Econômica Federal.
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Os agentes federais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, localizada no bairro Golfinhos. No local, foram recolhidos documentos e dispositivos eletrônicos que podem comprovar o envolvimento dele na operação fraudulenta. Embora o mandado tenha sido cumprido com sucesso, o investigado não foi preso nesta etapa da operação.
Segundo informações da PF, o golpe tinha como foco principal pensionistas com conta na Caixa Econômica. Utilizando identidades falsas, os criminosos abriam contas em cidades diferentes das vítimas e solicitavam a transferência do benefício previdenciário para essas contas fraudulentas. A partir disso, tinham acesso a empréstimos consignados, cheque azul e crédito rotativo em nome das vítimas, sem que elas sequer soubessem da movimentação.
Os valores obtidos com as fraudes eram rapidamente transferidos via PIX para contas de terceiros, conhecidos como “laranjas conscientes” — pessoas que aceitavam emprestar seus dados bancários em troca de uma porcentagem ou recompensa. Após o repasse, os laranjas sacavam os valores e entregavam diretamente ao suposto líder da quadrilha.
O homem investigado já havia sido preso anteriormente por estelionato, e as provas coletadas hoje podem confirmar seu papel como chefe do grupo. A Polícia Federal informou que todos os envolvidos no esquema devem ser indiciados por estelionato qualificado e associação criminosa, crimes com penas que podem ultrapassar 10 anos de prisão.
A Caixa Econômica Federal, instituição usada nas fraudes, ainda não comentou o caso. O espaço segue aberto.
A operação reforça a importância da denúncia anônima e da atuação integrada das forças de segurança na proteção de grupos vulneráveis, como os pensionistas — alvos frequentes de fraudes cada vez mais sofisticadas.
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