Pela sétima vez, Martins Pereira tem edital de concessão publicado pela Urbam. Agora, vai?

Nas seis tentativas anteriores não houve empresa interessada em assumir o belo estádio joseense; publicidade sobre a concessão chegou a ser feita em rede nacional durante jogos do Corinthians na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2022. Desta vez, vai?

Inaugurado em 15 de março de 1970, o estádio Martins Pereira virou há anos um elefante branco nas mãos do Urbam. Poucos jogos durante vários anos de quem era o maior utilizador, o São José Esporte Clube, e a falta de interesse para shows e eventos privados impulsionaram a ociosidade do maior palco esportivo da RM Vale. Em 2013, com a cidade e o país governados pelo PT, associado à péssima escolha de fazer a Copa do Mundo no Brasil, foi realizada uma reforma no estádio, que na prática serviu apenas para melhorar as cabines de transmissão do estádio e alterar o portão de entrada da torcida.

Frequentadores do estádio, por exemplo, preferiam muito mais o Martins Pereira antes da tal reforma. A promessa, na época, era de que São José dos Campos receberia a seleção de Costa do Marfim. Assim como em outras dezenas de estádios Brasil afora, dinheiro público foi injetado, o Martins foi reformado, mas nenhuma seleção sequer passou por São José durante a Copa do Mundo.

A ociosidade do estádio fez a Urbam publicar o primeiro edital de concessão em 2018: foi um fracasso, não houve interessado. Em 2021 houve nova tentativa, que também não vingou. Mais tentativas foram feitas, sem sucesso. Agora, pela sétima vez o edital de licitação para a administração, operação e exploração comercial do Estádio Martins Pereira é publicado.

A sessão pública será no dia 15 de setembro, às 9h. Vence quem apresentar o maior percentual de faturamento à Urbam. O edital está disponível na página de licitações do site da empresa. A empresa vencedora poderá realizar investimentos com o intuito de tornar o local atrativo do ponto de vista de negócios, explorando comercialmente o estacionamento, as lanchonetes, os restaurantes, pontos móveis de vendas de alimentos, além de lojas.

Quem vencer a licitação terá prazo de 25 anos, prorrogáveis por mais 10. O pagamento à Urbam é de no mínimo 5% da receita bruta apurada mensalmente. Foi estimada uma receita bruta crescente anual, que poderá alcançar R$ 1,3 milhão ao ano a partir do terceiro ano de operação, por meio da exploração econômica do estádio, mediante jogos esportivos, shows, academia, publicidade, restaurante, eventos próprios, entre outros. As informações foram divulgadas pela prefeitura.