Passagens de fauna nas rodovias paulistas garantem travessia segura de animais e reduzem atropelamentos. Onça já foi flagrada na Tamoios!
O estado de São Paulo tem investido em passagens de fauna para garantir a travessia segura de animais silvestres e reduzir o número de atropelamentos nas rodovias concedidas. Atualmente, já são 415 estruturas em funcionamento, e outras 121 devem ser construídas em pontos estratégicos, segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Esse tipo de travessia, que pode ser subterrânea ou aérea, já apresenta resultados positivos, como o flagrante de uma onça-parda atravessando na Rodovia dos Tamoios.
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Passagens de fauna protegem animais e motoristas
As passagens de fauna foram projetadas para permitir a movimentação segura de diferentes espécies, sem que precisem cruzar diretamente as pistas de rolamento. Isso ajuda a preservar a biodiversidade e também protege os motoristas de acidentes envolvendo animais de grande porte.
De acordo com Eduardo Alves Neder, especialista em Regulação de Transporte – Meio Ambiente da Artesp, as estruturas são construídas conforme as espécies predominantes na região. Na Rodovia dos Tamoios, por exemplo, há duas passagens aéreas para primatas e um viaduto vegetado, o primeiro do tipo em São Paulo.
Além das passagens, outras medidas foram adotadas para reduzir os atropelamentos, como reforço na sinalização, instalação de alambrados, campanhas de conscientização e redução da velocidade em áreas críticas.
Onça-parda flagrada na Rodovia dos Tamoios
Os sistemas de monitoramento das rodovias já registraram diversas movimentações de animais silvestres utilizando as passagens de fauna em SP. Um dos flagrantes mais emblemáticos aconteceu na Rodovia dos Tamoios, onde uma onça-parda foi filmada atravessando uma das estruturas. Em fevereiro deste ano, câmeras na SP-333, região de Marília, também captaram uma onça-parda com seu filhote usando a passagem de fauna construída sob a rodovia.
Desde 2017, a redução no número de atropelamentos de animais nas rodovias concedidas chega a 60%, segundo dados da concessionária Entrevias.
36 mil animais atropelados em cinco anos
Apesar dos avanços, os atropelamentos de fauna silvestre ainda são um desafio. Entre 2019 e 2023, mais de 36 mil animais foram atropelados nas rodovias concedidas de São Paulo. Os principais atingidos são capivaras, cachorros-do-mato, tamanduás, veados, serpentes, tatus e felinos, como onças-pardas. Pequenos animais também sofrem atropelamentos, mas muitas vezes não são registrados devido à subnotificação.
Para enfrentar o problema, as novas concessões da Nova Raposo e Rota Sorocabana incluem a construção de passagens de fauna em trechos que abrangem 27 cidades. As concessionárias CCR e EcoRodovias realizarão estudos anuais para mapear e reduzir atropelamentos, com supervisão da Artesp e da Cetesb.
Com a expansão das passagens de fauna em SP, a expectativa é que cada vez mais animais possam circular com segurança, reduzindo os impactos ambientais e garantindo a preservação da fauna silvestre no estado.
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3 Respostas
Parabéns a concessionária. Espero que o Free Flow Esteja sendo utilizado para essa importante ação de segurança aos animais e redução dos impactos ambientais.
Parabéns por essa iniciativa, preservação e proteção da nossa fauna!!! Que venham mais atitudes como essa . 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Ideal, também, é aumentar os corredores ecológicos que ligam áreas de preservação. Na serra da Mantiqueira que pega três Estados ( São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro), vê-se muito os ” Morros meias -laranjas” muito desmatados para virarem comida de boi, pastos. Ou seja, derruba a mata nativa para colocar bois.
Os corredores ecológicos, foram regulamentados no Brasil no início dos anos 2000, como o objetivo de diminuir (mitigar) os efeitos das ações humanas (antrópicas) no meio ambiente, que causam a fragmentação dos ecossistemas.
BENEFÍCIOS DOS CORREDORES ECOLÓGICOS
I. Reduzem a fragmentação, ligando esses fragmentos de florestas e facilitando o fluxo genético entre as populações animais.
II. São uma ferramenta para a conservação da biodiversidade.
III. Possibilitam o livre trânsito em segurança de animais e a dispersão de sementes entre os fragmentos. Fonte: manualdabiologia