Ataque de cães matou ambulante na zona leste de São José dos Campos; família pede justiça e cães são recolhidos pelo CCZ

Um ataque de dez cães resultou na morte de um ambulante, na última quarta-feira (3), em um bairro da zona leste de São José dos Campos. Após quase uma semana do ataque, a ocorrência volta a ganhar repercussão e a família da vítima pede justiça.
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Na última segunda-feira (8), segundo moradores do bairro Campos de São José, onde a ocorrência foi registrada, os cachorros estavam soltos na rua. “São os mesmos cachorros que mataram o homem. Os moradores estão em pânico”, declarou uma leitora à Life.
A vítima, Júlio César de Souza Oliveira, de 39 anos, era conhecido no centro da cidade por vender meias e realizar pequenos bicos. Segundo a família ele trabalhava como autônomo há 15 anos e não tinha filhos. A mãe de Júlio entrou em contato com a Life e afirmou que a busca agora é por respostas e responsabilização.
Prefeitura afirma que tutora abandonou os 10 cães
Por meio de nota a prefeitura informou que no episódio registrado na Estrada do Serrote os “animais envolvidos tinham tutora e não estavam soltos na via pública, encontrando-se dentro da residência no momento do ocorrido”. A administração municipal comunicou também que “todas as ações compatíveis com a competência do CCZ foram adotadas à época e que o caso está sob investigação da Polícia Civil”.
Após denúncias de que os animais estariam soltos na rua, a prefeitura informou que, após a constatação de que a tutora fugiu e abandonou os animais na rua, o CCZ realizou o recolhimento dos animais e que serão aplicadas as medidas legais cabíveis.
Na última segunda-feira (8) nove dos dez cachorros foram recolhidos, um fugiu.
O que diz a tutora dos cães?
Em uma entrevista à Rede Vanguarda a tutora dos cães, Fabrina Feijó, afirmou que tentou salvar a vítima e disse que os animais fugiram da residência. “Eu fiz de tudo. Dei com a panela de pressão na cabeça do Max (um dos cachorros) para ele soltar, aí eu prendia ele e ele se soltava. Se eu soubesse que ia acontecer, eu não iria trazer alguém aqui para dentro para morrer. Você ver uma pessoa morrer na sua frente e não poder fazer nada… Eu tentei fazer manobra de reanimação nele e eu não tive êxito”, desabafou.
O caso é investigado pela Polícia Civil como “morte suspeita”.
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