Licenciada pela Anvisa, Qdenga protege contra os quatro tipos de vírus causadores da doença e apresenta maior eficácia que a atual vacina disponível no mercado
Uma nova esperança surge no combate à dengue no Brasil com a chegada da vacina QDENGA (TAK-003) a São José dos Campos. Desenvolvida pelo laboratório Takeda e já licenciada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a vacina apresenta uma maior eficácia do que a atualmente disponível no mercado, protegendo contra os quatro tipos de vírus causadores da doença.
Para ter a notícia mais rápida, junte-se aos nossos grupos de avisos rápidos no Whatsapp.
A dengue é reconhecida como uma das principais causas de enfermidades graves com mortalidade em crianças em alguns países da Ásia e da América Latina. A falta de um tratamento específico para as formas normais ou graves da doença reforça a importância de medidas preventivas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a vigilância epidemiológica, diagnóstico precoce e atendimento médico adequado para reduzir a mortalidade.
Até a Semana Epidemiológica 21 de 2023, foram notificados 1.994.088 casos de dengue na Região das Américas, dos quais 775.369 (38,9%) foram confirmados laboratorialmente. Além disso, foram classificados como dengue grave 2.597 casos (0,13%). O Brasil lidera o número de casos de dengue, com 1.515.460 registros, seguido pela Bolívia, com 126.182 casos, e pelo Peru, com 115.949 casos. O país também apresentou o maior número de casos de dengue grave.
A nova vacina, desenvolvida a partir do tipo 2, o mais grave dos vírus da dengue, oferece proteção contra os quatro sorotipos. No Brasil, os tipos 1, 2 e 4 são os mais comuns, enquanto o tipo 3 não causa epidemias há cerca de 15 anos. Especialistas alertam que, quando um sorotipo é reintroduzido ou volta a circular, o risco de surtos ou epidemias aumenta, pois muitas pessoas permanecem suscetíveis a determinados tipos de vírus da dengue.
A QDENGA ampliou a indicação para pessoas de 4 a 60 anos de idade. Ela previne cerca de 80% dos casos gerais de dengue, o que representa um aumento de aproximadamente 15% em relação às vacinas anteriores, além de reduzir em mais de 90% as hospitalizações. O esquema vacinal é simples, com a administração de duas doses e um intervalo de dois meses entre elas. A vacina está disponível nas unidades do laboratório Sabin Diagnóstico e Saúde, em São José dos Campos.
Apesar dos avanços com a nova vacina, o Ministério da Saúde enfatiza que ela não elimina a necessidade de adotar outras medidas para evitar a proliferação do mosquito. A eliminação dos criadouros do Aedes aegypti continua sendo a forma mais eficaz de prevenir a dengue, a zika e a chikungunya, que também são transmitidas pelo mosquito.
Veja também
Primeira Resposta
Quenga?