Não houve interessado na licitação para concessão onerosa do principal palco esportivo da região; com pouco futebol, estádio é um elefante branco que consome R$ 400 mil mensais dos cofres municipais. E ainda falta pagar o valor da reforma junto à Caixa Econômica
Palco sagrado do futebol valeparaibano, o estádio Martins Pereira atravessa o pior momento dos seus 47 anos de linda história. O palco que tantas vezes lotou em apoio ao São José Esporte Clube – atualmente na quarta divisão do futebol paulista – hoje é um grande elefante branco.
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Com exceção de poucos eventos religiosos, dificilmente a arena reúne mais de cinco mil pessoas em único atrativo ao longo de um ano inteiro. E para piorar a situação, a prefeitura ainda precisa pagar cerca de R$ 3 milhões de reais à Caixa Econômica Federal – dívida feita pelo governo petista de Carlinhos Almeida, que pretendia reformar o estádio para servir como centro de treinamento de alguma seleção na fatídica Copa de 2014.
São José dos Campos não recebeu nenhuma seleção e para piorar a situação a Águia sofreu seguidos rebaixamentos. De volta ao ano atual, o Martins Pereira tem custo de manutenção mensal estimado em R$400 mil.
Para aliviar a conta, a ideia da Urbam (Urbanizadora Municipal) era realizar a concessão onerosa do estádio. A proposta consistia em um valor mínio de 12 parcelas de R$ 270 mil para utilizar o estádio por um período de dez anos. Vinte empresas retiraram o edital na Urbam, mas a licitação – que estava marcada para esta quinta-feira (1) – não ocorreu por falta de interessado. O que resta agora é revisar o edital com o objetivo de atrair empresas em uma nova licitação.
E por muito pouco, o estádio não fica de fora da quarta divisão deste ano, já que a documentação exigida pela Federação Paulista de Futebol foi entregue em cima da hora para desespero da torcida da Águia e dos poucos gatos pingados simpatizantes ao Atlético Joseense. Quer comprar o Monumental Martins Pereira, leitor?