Exposição celebra o Carnaval e destaca a participação do bloco Pirô Piraquara na folia joseense
Abordar o Carnaval como manifestação da cultura popular, com foco no bloco Pirô Piraquara, que, neste ano, completa 35 anos de criação. Este é o ponto central da nova exposição temporária que o Museu do Folclore de São José dos Campos abre nesta quinta-feira (16), as 14h, O Museu Pirô no Piraquara.
A notícia mais rápida está em nossos grupos de WhatsApp na RM Vale. Escolha sua área: São José, Vale Central, Fé e Histórico, Litoral ou Mantiqueira.
A exposição será aberta no mesmo dia em que o bloco inicia, oficialmente, o Carnaval de rua do município, às 18h30. O Pirô Piraquara foi criado em 1988 pela extinta Comissão de Folclore da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, com intenção de incentivar o Carnaval de rua espontâneo.
“A exposição busca representar as cores do Carnaval por meio de máscaras, fantasias e bonecões confeccionados pelas oficinas do bloco Pirô Piraquara ao longo dos anos; além de históricos estandartes e material audiovisual”, explica a museóloga Mariana Boujadi.
As paredes da sala onde está sendo montada a exposição foram pintadas de diferentes cores para relembrar as tradicionais fantasias. Também haverá uma linha do tempo com diversas fotos e documentos da maior parte dos anos de existência do Pirô.
“Teremos, ainda, um espaço instagramável para que o visitante, imerso em fitas coloridas, sinta-se dentro de um bloco de carnaval”, enfatiza Mariana Boujadi, que também é a curadora da exposição.
Nhá-Quara
Uma das características dos festejos de Carnaval é a sátira. E assim foram pensadas as fantasias, bonecões e cabeções do Pirô Piraquara, que apresentava críticas bem humoradas do cotidiano em suas saídas.
Uma dessas alegorias é a boneca gigante Nhá-Quara, criada pelas mãos da folclorista Angela Savastano, Dagmar Siqueira e Misae Odo, integrantes da Comissão de Folclore. A figura também fará parte da exposição.
O nome veio do vocábulo popular ‘nhá’ (forma reduzida de sinhá ou senhora, muito utilizado no interior de São Paulo) e das duas últimas sílabas do nome do bloco.
Nhá-Quara representa uma mulher negra que carregava em seu pescoço uma placa com os dizeres: ‘Sem anos de liberdade’, fazendo referência aos cem anos de abolição da escravidão, celebrado no ano da primeira saída do bloco (1988).
Visitas e Gestão
A exposição poderá ser visitada de terça a domingo, das 9h às 17h. No mesmo espaço, o visitante ainda confere a exposição de longa duração do museu, que destaca diferentes aspectos da cultura popular da região em salas que contam, inclusive, com sistema para atendimento de pessoas com deficiência auditiva e visual.
O Museu do Folclore de São José dos Campos é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, instalado no Parque da Cidade, em Santana, desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativo.
Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade
(12) 3924-7318 ou (12) 3924-7318
www.museudofolclore.org
Veja também
Lago do bairro Interlagos transborda após forte chuva e gera transtorno aos moradores
