Operação do Deic prendeu 12 pessoas por envolvimento com uma central criada em condomínio de luxo para aplicar golpes em clientes bancários
Em uma ação coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo, doze pessoas foram detidas sob suspeita de operarem uma central de fraudes bancárias em um condomínio de luxo. A operação, realizada na sexta-feira (21), desmantelou um esquema sofisticado de golpes financeiros que vinha sendo conduzido a partir de um imóvel em condomínio de luxo em Igaratá, a cerca de 40 km de São José dos Campos.
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Entre os detidos está Eliane Lopes de Amorim, conhecida por seu envolvimento no sequestro do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca em 2023. Eliane, que estava em prisão domiciliar desde janeiro deste ano após um pedido de sua defesa, foi presa novamente durante a operação. Sua prisão preventiva havia sido decretada anteriormente pelo crime de sequestro.
A operação foi conduzida pela 5ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo a Bancos) do Deic, que monitorava o local após denúncias de moradores do condomínio. Vizinhos relataram um movimento constante de pessoas portando notebooks, fones de ouvido e outros equipamentos eletrônicos no imóvel suspeito.
Policiais do Deic fizeram campana nas proximidades e, ao avistarem o portão da casa sendo aberto, entraram e abordaram os suspeitos. Seis deles foram detidos no local sem resistência, enquanto outros tentaram fugir pelos fundos, mas foram capturados após se ferirem durante a fuga. Eliane Lopes de Amorim sofreu fraturas em duas costelas durante a tentativa de escape e, junto com os demais feridos, recebeu atendimento médico antes de ser encaminhada à delegacia.
No interior da residência, os agentes apreenderam 12 notebooks, 18 celulares, cinco fones de ouvido e três veículos. As investigações nos dispositivos eletrônicos revelaram uma planilha com nomes das vítimas, onde apenas um estava marcado em verde. Um dos agentes entrou em contato com a vítima identificada na planilha, uma juíza de 76 anos do Rio de Janeiro, que confirmou ter sido enganada pelos golpistas, que transferiram quase R$ 50 mil de sua conta.
Os computadores também continham roteiros detalhados de orientação aos executores operacionais, explicando como fazer com que as vítimas caíssem no golpe. Esse material foi crucial para entender a organização e execução do esquema fraudulento.
Os doze detidos, sendo seis homens e seis mulheres, foram levados à Delegacia de Polícia de Igaratá, onde permaneceram presos. O caso foi registrado como furto, associação criminosa, desobediência e apreensão de objetos.
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