Polícia Civil prende motorista da BMW por acidente que matou jovem em São José dos Campos. Ele foi preso no Jardim Esplanada nesta manhã
O motorista da BMW preso na manhã desta quarta-feira (22) foi detido pelo 1º Distrito Policial de São José dos Campos após a Justiça expedir um mandado de prisão temporária. O homem, de 37 anos, é investigado pelo acidente que matou o passageiro Matheus Helfstein, de 20 anos, no último dia 28 de setembro, na Rodovia Presidente Dutra, altura do km 148, sentido São Paulo, no bairro Jardim Oswaldo Cruz.
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Segundo informações do boletim e apuração da reportagem, o acidente ocorreu por volta das 5h33 e envolveu uma BMW conduzida pelo motorista e um Honda Fit utilizado como carro de aplicativo. A colisão foi traseira, e a vítima, que estava no banco de trás, foi arremessada para fora do veículo por não usar o cinto de segurança. Após a ejeção, o jovem foi atropelado por um terceiro carro que passava pela rodovia, morrendo no local.
O teste de alcoolemia feito no motorista logo após o acidente não indicou embriaguez. No entanto, novas provas e depoimentos obtidos durante as investigações levaram ao pedido de prisão, expedido pela Vara do Júri de São José dos Campos. O cumprimento do mandado ocorreu por volta das 7h30, na praça Floripes Bicudo Martins, Jardim Esplanada, no centro da cidade.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o motorista da BMW preso foi localizado no bairro Jardim Esplanada. “Um homem, de 37 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (22) em São José dos Campos. Policiais civis realizavam diligências quando localizaram o foragido, que possuía um mandado de prisão em seu desfavor. Ele foi detido e encaminhado ao 1º DP, onde permaneceu à disposição da Justiça.”
A defesa do motorista, o advogado Cristiano Joukhadar foi procurada e emitiu a segunda nota na íntegra:
“A defesa entende que a prisão é ilegal, pois não estão presentes os requisitos legais para sua decretação, razão pela qual serão adotadas as medidas cabíveis para a sua revogação.
No dia dos fatos, o investigado permaneceu no local, colaborando integralmente com os procedimentos, compareceu espontaneamente à delegacia de polícia e se submeteu a exame clínico, o qual comprovou que não estava embriagado. O caso foi registrado como homicídio culposo, isto é, sem a intenção de produzir o resultado, motivo pelo qual o investigado foi liberado.
Infelizmente, a investigação acabou por deturpar os acontecimentos, mas a verdade será restabelecida no curso do processo.”
Já o assistente de acusação e advogado da família da vítima, Dr. Marcelo Galvão, afirmou que todos os elementos necessários para o pedido de prisão foram reunidos e estão nos autos do inquérito, resultado do trabalho conjunto entre a acusação, o delegado e a equipe de investigação. “Colhemos tudo para pedir a prisão”, declarou.
Ele também destacou que há indícios de que o motorista dirigia em alta velocidade, o que pode levar a uma reclassificação do caso — de homicídio culposo (sem intenção de matar) para homicídio doloso, quando o condutor assume o risco de provocar a morte.