Metalúrgicos da Embraer entram em greve por tempo indeterminado em São José dos Campos

Metalúrgicos da Embraer em greve em São José reivindicam 11% de reajuste, vale de R$ 1 mil e assinatura da Convenção Coletiva

A greve da Embraer em São José dos Campos mobiliza trabalhadores da fabricante de aviões desde a manhã desta quarta-feira (17). O movimento foi aprovado em assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos e ocorre na sede da empresa, localizada na avenida Faria Lima, em São José dos Campos. A paralisação é por tempo indeterminado.

Entre as reivindicações, estão reajuste salarial de 11%, benefício mensal de R$ 1 mil e a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho. De acordo com o sindicato, a proposta apresentada pela Fiesp, que representa o setor aeronáutico, foi considerada insuficiente, já que previa apenas reposição da inflação em 5,05% e redução da estabilidade de emprego para trabalhadores acidentados ou com doenças ocupacionais — atualmente válida até a aposentadoria.

Na última assembleia, realizada no dia 9, os metalúrgicos já haviam rejeitado a proposta patronal e aprovado o aviso de greve. Como não houve avanço nas negociações, a categoria decidiu iniciar a paralisação nesta quarta-feira (17). O sindicato afirma que seguirá aberto para negociação, mas que a greve só será suspensa caso as reivindicações sejam atendidas.

Segundo a Embraer, as fábricas da Embraer operam normalmente em todo o Brasil.

“A Embraer respeita todos os direitos dos colaboradores e estranhou a ação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos nessa manhã, na unidade Ozires Silva, que visa cercear o direito constitucional de ir e vir, tendo em vista que as negociações da data-base estão em andamento junto à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e o sindicado ainda não apresentou a proposta mais recente aos trabalhadores.

A FIESP, que representa o grupo patronal do setor aeronáutico nas negociações referente à data-base 2025, apresentou ontem, 16 de setembro, uma nova proposta de reajuste salarial de 5,5% (valor acima da inflação do período) e aumento de 12,5% do vale alimentação para colaboradores com salários de até R$ 11 mil.

As negociações no âmbito da FIESP continuam em andamento com todos os sindicatos que representam os colaboradores no Estado de São Paulo.”