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Metalúrgicos da Embraer ameaçam greve

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Eles entregaram aviso de greve e pleiteiam aumento real e renovação de direitos; caso a empresa não apresente nova proposta uma paralisação pode ser deflagrada a partir de quinta (28)

Metalúrgicos da Embraer ameaçam greve
Metalúrgicos da Embraer ameaçam greve /Foto: Roosevelt Cássio

Em uma assembleia realizada no primeiro turno desta terça (26) os metalúrgicos da Embraer, em São José dos Campos, rejeitaram por unanimidade a proposta patronal de reajuste salarial e retirada de direitos. Além disso, decidiram entregar um aviso de greve à empresa. A recusa da proposta significa que, caso a Embraer não apresente uma nova proposta, uma paralisação pode ser deflagrada a partir de quinta-feira, 28 de setembro. As informações foram divulgadas pela sindicato da categoria.

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Na última rodada de negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que representa a Embraer e outras empresas do setor aeronáutico, propôs apenas a reposição da inflação aos salários. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor do período da data-base da categoria (setembro de 2022 a agosto de 2023) é de 4,06%.

Os metalúrgicos reivindicam um aumento real de salário e a renovação de todos os direitos estabelecidos na Convenção Coletiva. O último ano em que a Embraer concedeu um reajuste acima da inflação foi em 2017. Este também foi o último ano em que a empresa assinou a convenção, o que afeta os direitos da categoria metalúrgica do setor aeronáutico.


Uma das condições impostas pela Embraer para a assinatura é a redução da estabilidade no emprego para trabalhadores que sofreram de doenças ou acidentes ocupacionais. A convenção de 2017 garantia estabilidade até a aposentadoria, mas a empresa deseja diminuir esse período para 21 meses (em caso de doença ocupacional) e 60 meses (acidente ocupacional). A estabilidade para esses trabalhadores é um direito histórico, conquistado pelos metalúrgicos na década de 1970.

A proposta da Embraer aos trabalhadores não está alinhada com os números registrados nos relatórios da empresa, conforme avaliação do sindicato. No segundo trimestre, houve um crescimento de 87,03% no lucro líquido, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de entregas de aeronaves cresceu 34% no primeiro semestre deste ano. Houve um resultado positivo em todos os segmentos, com exceção dos modelos E175 e Phenon 100, que mantiveram o volume de entregas.

A Embraer emprega aproximadamente 9 mil trabalhadores em São José dos Campos e recebe financiamento público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Somente entre 2020 e 2023, o banco liberou R$ 3,7 bilhões para a empresa.

“Não podemos permitir que uma empresa que recebe bilhões em financiamentos públicos mantenha os trabalhadores sem os direitos garantidos na convenção coletiva. Isso também ameaça a segurança das aeronaves. Já se passaram cinco anos sem aumento real e sem convenção para os funcionários da Embraer. O aviso está dado: não aceitaremos a retirada de direitos e reajuste baseado apenas na inflação”, afirmou o diretor do Sindicato Herbert Claros.

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2 Respostas

  1. É pessoal…. Faz o “L” e segue o jogo…. o sindicato está querendo justificar a cobrança INJUSTA.
    Tem sindicato cobrando retroativo aos últimos 5 anos… COMO ASSIM????
    Pela constituição ninguém é obrigado a se associar em qualquer instituição, mas tem “alguns” falando que é obrigatório… absurdo!!!
    Os sindicatos deveriam ser atrativos para quem quisesse se associar e não ser mais, e mais, e mais…. e mais um imposto na conta do trabalhador.
    Não sou contra sindicato, sou contra a imposição e obrigatoriedade.

    Como disse…. faz o “L” e espera a picanha chegar.

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