Criança aproveitou que os pais estavam dormindo e fugiu de casa; ocorrência terminou com final feliz

Policiais do 46º Batalhão de Polícia Militar do Interior localizaram uma criança perdida no bairro Jardim América, em São José dos Campos. A equipe estava em patrulhamento neste domingo (23) quando recebeu a informação via rede rádio de que uma criança estaria perdida na região. Na busca, eles encontraram um menino de 7 anos perdido na via.
A notícia mais rápida está em nossos grupos de WhatsApp na RM Vale. Escolha sua área: São José, Vale Central, Fé e Histórico, Litoral ou Mantiqueira.
Segundo informações obtidas pela polícia, a criança disse ter aproveitado que os pais estavam dormindo e fugiu de casa para se aventurar por São José dos Campos. Ele caminhou cerca de 3km até ser encontrado pela equipe policial.
As equipes ganharam a confiança do menino e conseguiram o nome completo de sua mãe, que foi de suma importância para o desfecho da ocorrência. O nome da genitora foi enviado ao Centro de Segurança e Inteligência, que localizou o endereço da criança.
Durante o trajeto rumo à residência, um homem avistou e chamou a viatura ao ver o menino no banco do passageiro. No momento em que viu a criança, o pai entrou em prantos, aliviado e emocionado por ter recebido seu filho de volta.
A Polícia Militar ressalta a importância de manter as crianças sempre sob supervisão dos pais ou responsáveis. Caso percebam o desaparecimento de uma criança, é fundamental acionar imediatamente a polícia para auxiliar nas buscas. A ação rápida e efetiva da polícia foi essencial para a localização da criança e o retorno seguro para sua família.
Veja também







4 Respostas
Certeza q muita gente já pensou em fugir de casa alguma vez na infância (por motivos bestas), infelizmente em outras vezes essa atitude pode ser um sinal de que algo errado está acontecendo dentro dessa casa. Que Deus guarde essa criança!
Era uma criança saudável ou tinha algum problema cognitivo? Pois eu com 7 anos eu já saia pra comprar pão pros meus pais. Sabia o caminho para a escola.
Graças a Deus e a ação dos policiais teve um final feliz.
Segundo a Organização das Nações Unidas, 1,2 milhão de meninos e meninas desaparecem a cada ano no mundo. No Brasil a média fica entre 40 mil e 50 mil. Só no Rio de Janeiro foram registrados 1.777 desaparecimentos de crianças só nos primeiros três meses de 2022.
A Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) orienta que, em caso de desaparecimento, a ocorrência seja registrada em menos de 24 horas.
Recomendações aos pais:
1) Desde cedo, ensine a criança o nome completo do pai e da mãe.
2) Tire o RG (Registro de Identidade Civil) da criança o quanto antes.
3) Oriente a criança a não dar informações a qualquer estranho que se aproxime, nem a receber balas, doces ou brinquedos de pessoas desconhecidas.
4) Fique atento e acompanhe sempre os filhos no uso da internet.
5) Nunca autorize a criança a brincar na rua sem a supervisão de um adulto conhecido.
Confira as 10 orientações em caso de desaparecimento de Criança e/ou Adolescente:
1) Procure a delegacia mais próxima e registre o caso imediatamente
2) Leve fotos atualizadas do desaparecido na hora de registrar a ocorrência
3) Esteja atento ao número do telefone que é indicado como contato da família. Quando estão nervosas, as pessoas podem informar um número antigo ou errado. Isso dificulta a investigação
4) Avise amigos e familiares sobre o sumiço
5) Percorra locais de preferência da criança
6) Saiba informar quem são os amigos dela e com quem pode estar
7) Esteja atento às roupas que a criança ou adolescente está usando e, em caso de sumiço, descreva para a polícia
8) Mantenha alguém à espera no local de onde ela sumiu. É comum que ela retorne para o mesmo ponto
9) Ensine as crianças, desde pequenas, a saberem dizer seu nome e nome dos pais
10) Quando a criança ou adolescente for localizada, informe a polícia
Mais de um terço dos desaparecidos no Brasil são crianças e adolescentes, diz levantamento
Dados do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos apontam que mais de 35% dos desaparecidos têm de 0 a 17 anos.
Em caso de desparecimento de criança e/ou adolescente e/ou idoso procure ajuda em um destes canais:
Cadastro Nacional de Desaparecidos
SOS crianças desparecidas – FIA
SaferNet
Perfil dos desaparecidos
Os números do Sinalid mostram que a faixa etária com maior número de desaparecidos é de adolescentes entre 12 e 17 anos, com mais de 30% dos casos. Para Cruz, do MPRJ, os casos mais complexos, que levam até anos sem solução, também são, principalmente, de crianças e adolescentes.
“Isso acontece, primeiro pela maior vulnerabilidade que é natural entre as crianças, e também pela própria dificuldade que os menores têm de se identificarem, de dizerem que são filhos de tal pessoa, descreverem seu endereço. Além disso, a maior parte não tem documento de identidade. Um estudo feito pelo MP há alguns anos mostra que as pessoas começam a fazer esse tipo de documento já com mais idade, de 15 a 16 anos, então nos casos de crianças mais novas, é impossível ter uma identificação da digital”, afirma o gestor do programa.
Cruz destaca ainda que é preciso dar a devida assistência para as famílias das pessoas que desaparecem por longos períodos. “Os efeitos colaterais dos desaparecimentos que se prolongam por muito tempo são muito nocivos e específicos, não são iguais a casos de morte ou outras ocorrências, então é preciso qualificar profissionais para esse tipo de atendimento”.
os mais variados tipos de situações chegam até à delegacia, desde ocorrência resolvidas logo em seguida, por se tratarem mais de uma falta de comunicação do que um desaparecimento propriamente dito, até casos de fuga, que não raro estão relacionados a algum tipo de crime do qual essa criança pode estar sendo vítima dentro de casa (como situações de violência doméstica). Desde o ano passado, contudo, o Sicride vem dando uma atenção especial aos casos que envolvem a internet.
“A gente tem tido uma atenção maior com os casos de crianças que já têm acesso à rede mundial de computadores, aos aplicativos de conversa, e que acabam conhecendo pessoas nesses aplicativos e acabam sendo persuadidas a sair de casa. Já temos boletins nesse sentido e é um situação preocupante, porque muitos criminosos, muitos pedófilos se aproveitam desse ambiente virtual. Às vezes, até se apresentam inicialmente também como adolescentes para poder conquistar essa criança. Isso é algo que demanda uma atenção especial dos pais e responsáveis”, alerta.
A solução para o problema, ressalta ainda a delegada, não está em impedir, desesperadamente, que as crianças utilizem o computador ou a internet, até porque isso poderia gerar uma situação ainda pior, na qual esse jovem utiliza esses dispositivos escondido. “O essencial é a conversa, sempre buscar orientações, saber o melhor modo de abordar cada assunto para que a criança confie em você e possa te contar o que acontece. Sabemos, também, que mesmo com todo o zelo as vezes pode acontecer do jovem estar fazendo algo escondido, mas normalmente eles vão dar algum sinal, algum indicativo. Às vezes uma angústia, às vezes uma ansiedade. Então procure ali, no dia a dia, sempre estar atento a qualquer situação nesse sentido. E sempre lembrando que a Polícia Civil, as nossas delegacias, estão sempre à disposição para atender, para dar uma orientação, e qualquer dúvida que os familiares tenham”.
‘O mais importante é o registro da ocorrência’
Em diversas situações de desaparecimento de criança, explica a delegada, a situação é resolvida logo em seguida, porque na verdade não se tratava realmente de um desaparecimento. Ainda assim, ela destaca a importância dos responsáveis registrarem um boletim de ocorrência notificando o possível desaparecimento às autoridades tão logo notem que há algo fora do comum.
“Principalmente quando a gente fala de crianças e adolescentes, é importante que os familiares responsáves tenham em mente que não há necessidade de se esperar um prazo de 24 horas para registrar o desaparecimento. Na verdade, a nossa orientação é justamente contrária a essa, para que registrem a ocorrência tão logo tomem conhecimento de alguma situação anormal. Se o seu filho tem uma certa rotina, não voltou para casa, não está atendendo o telefone, registre a ocorrência. A gente faz uma primeira investigação e, caso ele reapareça, só damos baixa no BO, não há problema nenhum quanto a isso. Mas um registro tardio dificulta e muito as investigações”, explica a policial.
Outra orientação importante é sobre as informações fundamentais a serem levadas para as autoridades na hora de registrar o BO – que pode ser feito online ou em qualquer delegacia (ou seja, não precisa ser feito no Sicride, uma vez que a ocorrência, sendo registrada, a delegacia já recebe automaticamente o registro). “É importante a família tentar levantar todas as informações possíveis, a fotografia mais recente dessa criança. Se conseguir imagens de como essa criança estava antes de desaparecer, para onde ela foi, o que ela levou…
Hoje em dia, quase todas as crianças também têm aparelho celular. Nós temos ritos próprios de investigação que possibilitam acessar as redes sociais dessas crianças, mas se os pais souberem as senhas, quais as redes sociais que essa criança utiliza, por exemplo, é algo que ajuda.” “Os pais têm de estar consultando, monitorando quem são os amigos, qual a rotina dessa criança, se ela está muito reclusa e perceber se essa criança está escondendo muito as coisas. Tem que haver uma relação de confiança, para saber com quem ela está se relacionando para que se possa evitar aí situações envolvendo pedófilos e outros criminosos.”