2 mortes já foram confirmadas; polícia investiga caso
Cinco militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) permaneceram hospitalizados após o ataque ocorrido no assentamento Olga Benário, em Tremembé, na última sexta-feira (10). O massacre, que resultou na morte de Valdir Nascimento (52) e Gleison Barbosa (28), foi executado por cerca de 40 homens armados, segundo relatos de sobreviventes.
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Entre os feridos, Denis Carvalho, atingido na cabeça, encontra-se em estado grave na UTI do Hospital Regional de Taubaté após cirurgia para remoção de estilhaços. Outras quatro vítimas, que sofreram disparos em diferentes partes do corpo, passaram por intervenções cirúrgicas e estão fora de risco, mas continuam internadas. Uma sexta vítima chegou a ter alta no sábado, mas, ainda com muitas dores, passará por operação nesta quarta-feira (15).
No dia do massacre, os invasores, fortemente armados e sem ocultar seus rostos, atacaram famílias reunidas em um dos lotes do assentamento. Sobreviventes descrevem o ato como uma execução, com disparos realizados na cabeça e pelas costas. Segundo Gilmar Mauro, da cooperação nacional do MST, o ataque reflete a tensão gerada pelo interesse de grupos ligados à especulação imobiliária, que tentam invadir áreas de assentamentos para fins lucrativos.
Antonio Martins Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, foi preso e identificado como o mentor do crime. Ele confessou participação no massacre. A Justiça também decretou a prisão preventiva de Ítalo Rodrigues da Silva, que segue foragido. A Polícia Federal participou das investigações, após determinação do Ministério da Justiça, e as famílias serão incluídas no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, conforme anunciado pelo ministro Macaé Evaristo.
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