Marcha da maconha 2024 promove reflexão sobre a utilização da erva e reúne 140 ativistas nas ruas do centro de São José
A Marcha da Maconha 2024 levou cerca de 140 ativistas (segundo os organizadores) às ruas do centro de São José dos Campos no último sábado (21), com o objetivo de provocar uma reflexão profunda sobre o acolhimento das pautas relacionadas à cannabis, especialmente em uma cidade que ostenta o título de “inteligente”. Sob o lema “Cidade Inteligente Acolhe Sua Gente”, os manifestantes defenderam o uso terapêutico da cannabis e a necessidade de diálogo sobre suas propriedades medicinais.
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A marcha, promovida por um coletivo que faz parte da Articulação Nacional de Marchas da Maconha, reuniu ativistas de diferentes grupos. Apesar da presença ostensiva da Polícia Militar e de uma ação paralela promovida pela prefeitura, que contava com discursos religiosos e a participação de entidades como Narcóticos Anônimos, os manifestantes seguiram firmes em seu propósito. A ação municipal, que incluía uma campanha de prevenção às drogas, foi vista pelos organizadores como uma tentativa de silenciar o movimento e intimidar os participantes, com mensagens carregadas de preconceito e distorções.
Mesmo diante das adversidades, a Marcha da Maconha 2024 se manteve pacífica. Os ativistas, ignorando a provocação, seguiram pelas ruas do centro de São José dos Campos, com um ato final realizado na emblemática Praça da Igreja Matriz. O evento, embora pequeno em número de participantes, teve um impacto significativo, marcado pela diversidade, confiança e o respaldo de setores progressistas da sociedade e da ciência.
O foco da marcha foi destacar o papel da cannabis na medicina, ressaltando a importância do acolhimento dessa discussão dentro de uma sociedade que busca soluções inteligentes e humanas para seus problemas. Ao propor uma reflexão sobre como uma cidade “inteligente” deve tratar questões ligadas à saúde e aos direitos civis, os ativistas reforçaram a ideia de que o debate sobre a cannabis vai além de estigmas e preconceitos, sendo uma pauta legítima e necessária da sociedade atual.
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