Manipulação no Campeonato Brasileiro levanta suspeitas após cartão amarelo para Ênio no jogo entre Juventude e Vitória, pela 1ª rodada

O cartão amarelo recebido por Ênio, atacante do Juventude, durante a partida contra o Vitória, válida pela primeira rodada do Brasileirão, acendeu um alerta de manipulação no Campeonato Brasileiro entre operadoras de apostas esportivas. O jogo ocorreu no sábado (29), no Estádio Alfredo Jaconi, e terminou com vitória da equipe gaúcha por 2 a 0.
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Segundo apuração empresas do setor de apostas, como a Superbet, notaram movimentações atípicas em apostas relacionadas a um cartão amarelo para Ênio. O alerta foi encaminhado à IBIA (International Betting Integrity Association), organização internacional responsável por zelar pela integridade do esporte e do mercado de apostas online.
De acordo com o relatório da IBIA, o volume de apostas nesse evento específico — o cartão amarelo aplicado ao jogador — foi significativamente alto, o que despertou a suspeita de manipulação no Campeonato Brasileiro. O lance em questão ocorreu aos 36 minutos do primeiro tempo, quando Ênio recebeu o cartão após reclamar de uma falta próxima à área adversária.
O Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) explicou como o processo é conduzido: “Quando uma suspeita de fraude é identificada, as operadoras reportam essas informações diretamente a organismos internacionais, como a IBIA. Se confirmadas as suspeitas, as informações são encaminhadas às autoridades brasileiras competentes para investigação.”
A IBIA já teria enviado os dados às autoridades nacionais. A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA-MF) também se pronunciou, afirmando que possui ferramentas de monitoramento e que todos os casos suspeitos são repassados ao Ministério do Esporte e à Polícia Federal. No entanto, por questões investigativas, não comentará o caso específico.
O Juventude declarou ter sido surpreendido pela notícia e optou por não se manifestar oficialmente no momento. O episódio reacende o debate sobre a vulnerabilidade do futebol brasileiro frente à influência das apostas esportivas e reforça a necessidade de fiscalização contínua, transparência e responsabilidade no trato com esse setor bilionário.
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