Justiça decreta prisão de quatro suspeitos por ataque ao assentamento do MST em Tremembé, que resultou em duas mortes e seis feridos

A Justiça de São Paulo decretou a prisão de quatro suspeitos envolvidos no ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, que resultou em duas mortes e seis feridos. Entre os suspeitos está Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, que já se encontra detido.
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O ataque ocorreu em 10 de janeiro, quando um grupo armado invadiu o assentamento e abriu fogo contra os moradores. As vítimas fatais foram Valdir Nascimento, de 42 anos, e Gleison Barbosa, de 28 anos. Investigações apontam que a motivação do crime está relacionada a disputas por terrenos no local.
Testemunhas identificaram “Nero” e Ítalo Rodrigues da Silva como autores dos disparos. Embora “Nero” tenha sido preso em flagrante, sua detenção foi inicialmente relaxada por falta de provas materiais. Mas, novas evidências levaram à decretação de sua prisão temporária. Ítalo permanece foragido, e as autoridades continuam as buscas para sua captura.
A decisão judicial destaca que a liberdade dos suspeitos poderia comprometer as investigações, seja pela intimidação de testemunhas, seja pela possibilidade de novos atos de violência. O Ministério Público reforça a necessidade das prisões para garantir a segurança das testemunhas e a integridade do processo investigativo.
O MST lamentou profundamente o ocorrido e ressaltou a importância de uma investigação rigorosa para que os responsáveis sejam devidamente punidos. O movimento também enfatizou a necessidade de medidas que garantam a segurança e a integridade dos assentados em todo o país.
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