Itamambuca, em Ubatuba, é escolhida como uma das quatro Reservas Nacionais de Surfe no Brasil, destacando-se por suas ondas e ecossistema
A Praia de Itamambuca, localizada em Ubatuba a 145 quilômetros de São José dos Campos, acaba de ser consagrada como uma das Reservas Nacionais de Surfe, um título que reforça sua importância não apenas como um destino privilegiado para os amantes do esporte, mas também como um santuário de conservação ecológica. A escolha, realizada em parceria com o Instituto Aprender Ecologia e a Conservação Internacional (CI-Brasil), coloca Itamambuca entre as quatro praias brasileiras selecionadas para formar a Rede Brasileira de Reservas de Surfe, ao lado de Regência (ES), Moçambique (SC) e Francês (AL).
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A eleição de Itamambuca é um reconhecimento da qualidade das suas ondas, que são mundialmente famosas, e da rica biodiversidade que a cerca. Situada em meio à exuberante Mata Atlântica, a praia é um exemplo de equilíbrio entre a natureza e o desenvolvimento do surfe. Esse título é fruto de um processo rigoroso de avaliação que considerou critérios como a consistência das ondas, a relevância socioecológica do local e o envolvimento da comunidade na proteção e desenvolvimento sustentável do ecossistema.
A partir deste reconhecimento, a Praia de Itamambuca deve seguir passos importantes para consolidar sua nova posição. Um comitê de gestão será formado localmente, com a responsabilidade de criar um plano de ações para a conservação e valorização do espaço. Este plano incluirá metas claras e estratégias para a manutenção das condições ideais para o surfe, além de medidas para proteger a fauna e a flora locais. O fundo do Programa Brasileiro de Reservas de Surfe dará suporte financeiro para a implementação dessas ações, contando com a participação de patrocinadores e a captação de recursos por meio de editais de financiamento.
Mauricio Bianco, vice-presidente da CI-Brasil, destaca que a criação de santuários como o de Itamambuca é essencial para enfrentar a crise climática. “A conservação desses ecossistemas não só protege o meio ambiente, mas também gera benefícios sociais e econômicos significativos, como a criação de empregos e o desenvolvimento do turismo sustentável,” afirma Bianco.
A diretora executiva do Instituto Aprender, Fernanda Muller, enfatiza a importância da gestão participativa no sucesso do programa. “Itamambuca, como parte da Rede Brasileira de Reservas de Surfe, servirá de modelo para outras praias, mostrando como o surfe pode ser uma poderosa ferramenta de conservação e desenvolvimento econômico,” comenta Muller.
Itamambuca não é apenas um refúgio para surfistas, mas também um destino que integra beleza natural, cultura e sustentabilidade, reforçando sua posição como um dos principais atrativos turísticos de Ubatuba. Com a titulação de Reserva Nacional de Surfe, a praia ganha ainda mais relevância no cenário nacional, garantindo que suas ondas continuem a inspirar e desafiar surfistas de todo o mundo, enquanto protege e valoriza o seu ambiente natural.
A comunidade local, que há anos se dedica à preservação da praia e ao desenvolvimento do surfe na região, vê nessa conquista uma oportunidade de fortalecer o turismo regenerativo e de promover Ubatuba como um exemplo de integração entre esporte e conservação.
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