Volta ao mundo de veleiro termina após 7 anos e 52 países; irmãos são recebidos com muita festa em Ubatuba

A tão sonhada volta ao mundo de veleiro se concretizou após 2.630 dias em alto-mar. Na manhã do último sábado (17), os irmãos brasileiros Celso Pereira Neto, de 32 anos, e Lucas Faraco, de 29, retornaram a Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, encerrando uma das jornadas mais longas e impressionantes já realizadas por velejadores do país. O reencontro com amigos, familiares e admiradores foi marcado por muita emoção e uma calorosa recepção no Saco da Ribeira, por volta das 10h30.
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A expedição, iniciada em março de 2018, atravessou os oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, com paradas em 52 países e experiências que mudaram a vida dos dois irmãos. “A gente já esperava uma recepção calorosa, mas isso aqui superou todas as expectativas! Ver tanta gente reunida, sentir esse carinho… depois de conhecer o mundo todo, voltar ao Brasil é maravilhoso. É o melhor lugar do planeta. Estar em casa não tem preço”, declarou Celso, visivelmente emocionado.
Lucas também refletiu sobre a profundidade da experiência: “Viajar muda a gente. Agora imagina uma jornada de sete anos ao redor do mundo, passando por experiências incríveis e desafiadoras, aprendendo com diferentes culturas. O homem que chega hoje não é o mesmo que partiu. Estamos imensamente gratos.”
A rota da dupla começou pela costa brasileira e seguiu rumo ao Caribe, Ilhas Virgens Britânicas, Colômbia e o Canal do Panamá. A partir daí, enfrentaram o imenso Pacífico até chegarem à Polinésia Francesa — onde passaram uma longa temporada — e continuaram por Fiji, Nova Zelândia e Indonésia. A etapa final incluiu a travessia do oceano Índico, com escalas no continente africano, antes do retorno ao continente sul-americano.
Ao longo da viagem, além de navegarem por cenários paradisíacos e enfrentarem tempestades e desafios técnicos, os irmãos compartilharam momentos da jornada nas redes sociais, ganhando admiradores e incentivando outras pessoas a explorarem o mundo de forma alternativa. A volta ao mundo de veleiro tornou-se também um testemunho de resiliência, conexão com a natureza e intercâmbio cultural.
A chegada triunfal em Ubatuba simboliza não apenas o fim de uma longa jornada, mas o início de uma nova fase — repleta de histórias, aprendizados e um legado inspirador para futuros aventureiros. Como disse Celso, “voltar para casa é entender, depois de ver tudo lá fora, que é aqui que está o nosso verdadeiro porto seguro.”
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