Fofão é preso em São Vicente suspeito de atuar na morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes; SSP confirma operação e investigações seguem

O suspeito Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão, foi preso nesta sexta-feira (19) em São Vicente, na Baixada Santista, apontado como participante da logística na execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes. A prisão faz parte da investigação conduzida pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) e marca mais um avanço na apuração do crime que chocou a estado.
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Segundo o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, Fofão teria atuado no apoio à fuga dos criminosos após o atentado. Essa é a segunda prisão confirmada no caso, na quinta-feira (18), Dahesly Oliveira Pires também foi detida, suspeita de auxiliar na obtenção de um dos fuzis usados na ação. Outros três investigados seguem foragidos: Felipe Avelino da Silva, Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda.
O crime
O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi executado na noite de segunda-feira (15), após cumprir expediente na prefeitura de Praia Grande, onde atuava desde sua aposentadoria da Polícia Civil. Ele foi perseguido e morto a tiros por criminosos que portavam fuzis.
Câmeras de segurança registraram o momento em que três homens armados desembarcaram de uma caminhonete e abriram fogo contra o veículo de Ruy. A violência e a organização do ataque reforçam a suspeita de envolvimento de uma facção criminosa.
Casa usada como base
Durante as diligências, a Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Militar realizaram buscas em uma residência em Praia Grande que teria servido como base para os criminosos. No imóvel, localizado a cerca de 8 km da prefeitura, foram encontrados aproximadamente 40 materiais genéticos e impressões digitais, incluindo as de um policial militar e de seu irmão, dono da casa.
A perícia aponta que dali pode ter saído um dos fuzis utilizados na execução. A residência, equipada com piscina e churrasqueira, fica em uma região de casas de veraneio e teria sido ocupada pela quadrilha por alguns dias.
Investigação em andamento
A SSP-SP informou que todos os envolvidos no aluguel do imóvel serão ouvidos, incluindo o proprietário e o policial militar identificado. “Diligências estão em curso para elucidar todas as circunstâncias e responsabilizar os envolvidos”, destacou a pasta.
Além de Dahesly e de Fofão, a polícia busca Felipe Avelino da Silva, conhecido como Mascherano, Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, apontado como responsável por ordenar a retirada de um dos fuzis usados no crime.
A investigação segue sob coordenação do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura também a possível ligação do crime com lideranças do PCC na Baixada Santista.
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