Greve dos petroleiros provoca paralisação parcial na Revap, em São José dos Campos; sindicato aponta adesão de 320 trabalhadores e Petrobrás se manifesta

Uma greve dos petroleiros teve início na manhã desta segunda-feira (15) e provocou uma paralisação parcial na Refinaria Henrique Lage (Revap), da Petrobras, em São José dos Campos. O movimento, aprovado em assembleias da categoria, ocorre por tempo indeterminado e reúne trabalhadores em defesa de reivindicações trabalhistas e institucionais.
A notícia mais rápida está em nossos grupos de WhatsApp na RM Vale. Escolha sua área: São José, Vale Central, Fé e Histórico, Litoral ou Mantiqueira.
Paralisação atinge parte dos trabalhadores da Revap
De acordo com o sindicato que representa a categoria, cerca de 320 trabalhadores devem aderir à greve em São José dos Campos. A Revap conta com aproximadamente 2,5 mil profissionais, sendo cerca de 800 funcionários efetivos da Petrobras e os demais de empresas terceirizadas.
A estimativa do sindicato é que cerca de 40% dos trabalhadores efetivos participem do movimento. Mesmo com a adesão parcial, a produção segue em funcionamento para evitar interrupções no abastecimento.
Reivindicações dos petroleiros
A mobilização é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e foi aprovada após assembleias realizadas nas últimas duas semanas. Entre os principais pontos defendidos pela greve, estão:
- Acordo Coletivo de Trabalho sem aplicação de ajustes fiscais sobre salários e carreiras;
- Equacionamento dos planos Petros;
- Reconhecimento da pauta “Brasil Soberano”, com a defesa da Petrobras estatal.
Segundo a FUP o movimento busca garantir direitos históricos da categoria e preservar o papel estratégico da estatal no setor energético nacional.
Posicionamento da Petrobras
Por meio de nota enviada à Life, a Petrobras informou que “foram registradas manifestações em unidades da companhia em virtude de movimento grevista, mas que não há impacto na produção de petróleo e lucros”. A empresa informou que adotou medidas de contingência para garantir a continuidade das operações e reforçar que o abastecimento ao mercado seja garantido.
A empresa comunicou também que “respeita o direito de manifestação dos trabalhadores e mantém um canal permanente de diálogo com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas”.
A nota completa informando que “a Petrobras está em processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho desde o final de agosto deste ano e que na última terça-feira (12/09) a companhia apresentou sua última proposta, que contempla avanços aos principais pleitos sindicais”. A Petrobras destacou ainda que “segue empenhada em concluir a negociação do acordo na mesa de negociações com as entidades sindicais”.
Veja também: São José é superado pelo Minas em BH e segue na penúltima colocação da Superliga






