Greve na Revap chega ao fim após acordo entre sindicato e terceirizadas que garante reajuste salarial e PLR de R$ 7 mil
A greve na Revap em São José dos Campos chegou ao fim nesta quinta-feira (29), após três dias de paralisação que envolveu cerca de 2 mil funcionários terceirizados da refinaria Henrique Lage. O movimento, iniciado na segunda-feira (26), teve como principal motivação a insatisfação dos trabalhadores com a proposta inicial de 6% de reajuste salarial apresentada pelas empresas contratantes.
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Segundo o Sintricom (sindicato que representa a categoria) a proposta foi considerada insuficiente, já que não cobria as perdas acumuladas pela inflação, mas um novo acordo mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) garantiu avanços significativos para os trabalhadores.
Entre os principais pontos conquistados estão:
- Reajuste salarial de 7,32%;
- Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 7 mil;
- Reajuste de 10% na cesta natalina.
A proposta foi aprovada por unanimidade durante assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, e os funcionários retornaram imediatamente às atividades.
Reivindicação por melhores condições
A greve na Revap evidenciou a crescente insatisfação dos trabalhadores terceirizados com a defasagem salarial frente ao aumento do custo de vida. “A proposta inicial de 6% não atendia às necessidades da categoria. Com a intermediação do TRT, conseguimos avançar e garantir ganhos reais aos trabalhadores”, afirmou a diretoria do Sintricom.
Apesar do impacto momentâneo no ritmo das atividades da refinaria, não houve paralisação total das operações, já que parte dos funcionários essenciais manteve os serviços básicos em funcionamento.
Revap: pilar da Petrobras na RM Vale
A Revap (Refinaria Henrique Lage), onde a greve ocorreu, é uma das mais importantes unidades da Petrobras no país. Localizada na zona leste de São José dos Campos, a refinaria iniciou suas operações em março de 1980 e é responsável pelo abastecimento de combustíveis para o estado de São Paulo e parte da região centro-oeste do Brasil.
Além de seu papel estratégico no fornecimento de derivados do petróleo, a unidade emprega diretamente milhares de trabalhadores, entre efetivos e terceirizados, sendo um dos maiores polos industriais da região.
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