Vacinação e monitoramento são essenciais para o controle da doença
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O Governo de São Paulo emitiu um alerta sobre a circulação do vírus da febre amarela e reforçou que os macacos não transmitem febre amarela. Esses animais desempenham um papel crucial no monitoramento da doença, funcionando como sentinelas naturais. Quando adoecem ou morrem, indicam a presença do vírus na região, permitindo que as autoridades sanitárias adotem medidas preventivas.
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Em 2025, já foram registrados 14 casos e nove óbitos em humanos no estado, além de 30 ocorrências em macacos nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas, Barretos, Bauru e Osasco. O número acendeu um sinal de atenção e reforçou a necessidade de vigilância constante.
Histórico e risco de doença
O vírus da febre amarela foi detectado pela primeira vez nas regiões norte e noroeste do estado em 2016. No ano seguinte, a doença se espalhou para a região de Campinas e, em outubro de 2017, chegou à zona norte da Grande São Paulo, afetando municípios como Mairiporã e Caieiras. O surto levou à morte de macacos em 40 cidades e ao fechamento temporário de unidades de conservação, como o Parque Estadual Cantareira.
Na época, a desinformação gerou um cenário preocupante: macacos passaram a ser perseguidos e mortos por pessoas que acreditavam, erroneamente, que eles eram responsáveis pela transmissão da doença. Entre as espécies mais afetadas, estavam os bugios.
Importância dos macacos na vigilância da doença
Segundo a coordenadora Comissão Pró Primatas Paulistas (CPPP), da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Paloma Arakaki, “os macacos não transmitem febre amarela, que é propagada exclusivamente por mosquitos”, esclarece Paloma.
Especialistas alertam que os macacos são essenciais para a detecção da febre amarela antes que o vírus atinja humanos.
Caso a população encontre macacos apresentando sinais como dificuldade de locomoção, equilíbrio ou visão, é fundamental registrar a ocorrência no aplicativo SISSGEO, da Fiocruz. A recomendação é não capturar nem transportar os animais. Em vez disso, é necessário acionar o Corpo de Bombeiros, a Guarda Civil Municipal ambiental ou a área de zoonoses da Secretaria de Saúde local.
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