Ação conjunta bloqueia R$ 10 bilhões e expõe uma das maiores fraudes fiscais já identificadas no setor de combustíveis

A operação Poço de Lobato mobiliza autoridades de São Paulo para desarticular um amplo esquema de fraude fiscal que envolve um dos maiores grupos empresariais do setor de combustíveis. A ação traz detalhes sobre o funcionamento da quadrilha, a participação de diversos órgãos públicos e o impacto bilionário causado ao Estado.
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Megaoperação mira maior devedor de tributos do Estado
A operação Poço de Lobato, deflagrada nesta quinta-feira (27), é considerada uma das maiores iniciativas já coordenadas pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de São Paulo (CIRA/SP). A ofensiva envolve a Sefaz/SP, PGE/SP, MPSP, Receita Federal, PGFN e as polícias Civil e Militar. Ao todo, mais de 600 agentes cumprem mandados em seis Estados e no Distrito Federal.
As medidas judiciais incluem o bloqueio de mais de R$ 10 bilhões em bens e valores de pessoas físicas e jurídicas suspeitas de integrar uma organização criminosa especializada em sonegação de ICMS, lavagem de dinheiro e crimes contra a ordem econômica.
Como o esquema fraudava o pagamento de tributos
Segundo as investigações, empresas do grupo utilizavam firmas interpostas para simular operações interestaduais de combustíveis e evitar o pagamento de imposto em São Paulo. Mesmo após a aplicação de Regimes Especiais de Ofício, o grupo seguia criando novas estruturas para manter a fraude ativa, afetando o mercado e causando concorrência desleal.
A estratégia incluía camadas de ocultação financeira, falsificações e estruturas societárias complexas que dificultavam a identificação dos beneficiários reais. A fraude já teria gerado um prejuízo superior a R$ 26 bilhões em débitos inscritos em dívida ativa.
Responsabilidade e cooperação institucional
O Governo de SP reforça que a operação Poço de Lobato representa um avanço no combate à sonegação em grande escala. A PGE/SP bloqueou R$ 8,9 bilhões imediatamente, enquanto a PGFN atuou para assegurar a indisponibilidade de mais R$ 1,2 bilhão na Justiça Federal. A operação recebeu esse nome em referência ao primeiro poço de petróleo descoberto no Brasil, simbolizando a profundidade e complexidade do esquema investigado.
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