Criminosos cobram taxas falsa para liberar supostos valores judiciais; OAB de São José dos Campos comenta o fato

O golpe do falso advogado tem se espalhado de forma alarmante pela RM Vale do Paraíba, lesando emocional e financeiramente diversos clientes de escritórios de advocacia. A prática criminosa envolve estelionatários que se passam por advogados ou sócios de escritórios jurídicos, alegando que processos foram “ganhos” e que existem valores em juízo aguardando liberação mediante a pagamento antecipado de supostas taxas processuais ou documentações.
A notícia mais rápida está em nossos grupos de WhatsApp na RM Vale. Escolha sua área: São José, Vale Central, Fé e Histórico, Litoral ou Mantiqueira.
Um advogado da região revelou que, em apenas quatro meses, mais de dez de seus clientes foram vítimas do esquema. “Eles chegam acreditando que precisam pagar custas para sacar uma indenização. Em muitos casos, o processo sequer foi sentenciado”, relatou o advogado. Os criminosos utilizam estratégias sofisticadas, incluindo o uso de petições reais extraídas do site do Tribunal de Justiça, para conferir veracidade ao golpe e ganhar a confiança da vítima.
“Tive clientes que tiveram prejuízo de mais de 10 mil reais”, relatou o advogado em entrevista à Life.
Como os golpistas agem
Os estelionatários localizam informações de advogados e processos públicos disponíveis nos sistemas judiciais e entram em contato com as vítimas, geralmente por WhatsApp, e-mail ou telefone, dizendo-se representantes dos escritórios. Com documentos verdadeiros em mãos, convencem o cliente de que há valores já liberados e que basta o pagamento de uma “taxa” para o resgate do dinheiro.
Atuação da OAB e orientações
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São José dos Campos reconhece o avanço desse tipo de crime e tem buscado ações de prevenção. “Divulgamos amplamente a plataforma nacional de segurança da OAB, além de atuar com entrevistas e orientações nas redes sociais e canais de mídia”, afirma o advogado Guilherme Gomes Batista, da Comissão de Direitos Humanos da OAB local.
Ele alerta os profissionais a manterem um vínculo próximo com seus clientes, garantindo clareza nos atendimentos e nas movimentações processuais, justamente para evitar que terceiros consigam se passar por eles. “A relação entre advogado e cliente é de confiança e pessoalidade,” completou o advogado Guilherme.
Como se proteger?
A orientação é clara: desconfie de qualquer abordagem inesperada ou urgente, especialmente quando envolve uando envolvem promessas de ganhos judiciais fáceis. Os clientes devem seguir os seguintes cuidados:
- Jamais realizar pagamentos sem contato pessoal direto com o advogado;
- Não aceitar informações enviadas por terceiros que se apresentem como representantes legais;
- Verificar sempre o número de telefone ou e-mail diretamente com o escritório de advocacia de confiança;
- Consultar os canais oficiais da OAB e do TJSP em caso de dúvida.
A prevenção ainda é a melhor forma de evitar prejuízos. Em caso de suspeita, o cidadão deve registrar boletim de ocorrência e notificar o escritório de advocacia envolvido.
Veja também: Estado de São Paulo tem fluxo migratório negativo pela 1ª vez
Primeira Resposta
Falta ser mais divulgado o app JTe,nele vc deixa o número do processo ‘favorito’…fica fácil acessar,é qualquer novidade do processo a notificação é enviada!!