Megaoperação apreendeu 400 kg de material furtado, além de quatro balanças industriais, e levou à prisão de 4 pessoas em Caraguatatuba
Em uma resposta contundente ao aumento do furto de fios cobre no litoral norte, a Polícia Civil do Estado de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (29) a Operação Caminho Inverso, com foco no combate à receptação de materiais metálicos furtados em Caraguatatuba, no Litoral Norte.
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A ação conjunta foi conduzida pela Delegacia Sede da cidade e contou com apoio essencial da Prefeitura Municipal de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Urbanismo e Conduta, da Vigilância Sanitária, Polícia Militar Rodoviária e Territorial, Guarda Civil Municipal e representantes de empresas vítimas dos crimes. O objetivo da operação foi claro: investigar os pontos de receptação para chegar aos autores dos furtos, adotando a estratégia do “caminho inverso”.
Durante a megaoperação, 11 estabelecimentos comerciais foram fiscalizados. Em quatro deles, as autoridades encontraram evidências contundentes de crimes de receptação. Os locais foram interditados pela prefeitura devido à ausência de alvarás e diversas irregularidades administrativas — além de receberem multas significativas.
Como resultado imediato da ação, quatro pessoas foram presas em flagrante por Receptação Qualificada. Entre os detidos estavam dois homens e duas mulheres, todos encaminhados para exames médicos legais e posteriormente apresentados à audiência de custódia do Poder Judiciário.
O balanço da operação impressiona: 400 quilos de fios e cobre furtados foram apreendidos, além de quatro balanças industriais utilizadas para pesar os materiais e calcular o pagamento aos criminosos. As empresas vítimas que acompanharam a operação conseguiram reconhecer parte do material furtado, reforçando a ligação direta entre os estabelecimentos e a rede criminosa.
A Polícia Civil destaca que a prática do furto de fios cobre está diretamente ligada a organizações criminosas que atuam às margens das estradas, invadem propriedades e estruturas públicas ou privadas, causando prejuízos significativos ao setor de telecomunicações, concessionárias e residências.
As investigações seguem em curso, e novas operações estão previstas. Segundo os investigadores, o trabalho de inteligência e a fiscalização integrada continuarão até que toda a cadeia do crime — dos receptadores aos autores dos furtos — seja completamente desarticulada.