Greve começou após anúncio do fim da produção de cilindros; acordo prevê corte de 200 vagas, benefícios extras e reajustes

Os funcionários da fábrica da Gerdau em Pindamonhangaba encerraram, na manhã desta terça-feira (16), a greve iniciada no dia anterior. O movimento teve início após o anúncio da empresa de que encerrará até dezembro o setor de produção de cilindros, que empregava cerca de 400 trabalhadores.
A notícia mais rápida está em nossos grupos de WhatsApp na RM Vale. Escolha sua área: São José, Vale Central, Fé e Histórico, Litoral ou Mantiqueira.
Em assembleia, os funcionários aceitaram a proposta apresentada pela direção e retornaram ao trabalho em seguida. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, o acordo firmado reduziu pela metade o número de demissões previstas: de 400 para 200 empregados, que receberão benefícios adicionais por meio de um Plano de Demissão Individual (PDI).
“Até dezembro não haverá demissão em massa, e continuaremos negociando para tentar diminuir ainda mais esse número. Além disso, os trabalhadores demitidos terão pagamentos adicionais garantidos”, informou o sindicato em nota.
Benefícios acordados
Além da redução nas demissões, o acordo inclui:
Aumento de 48% no vale-alimentação para todos os funcionários;
Reajuste salarial previsto para janeiro de 2026;
Benefícios extras aos desligados via PDI.
Contexto da greve
A paralisação teve início na segunda-feira (15), quando a Gerdau confirmou o fechamento do setor de cilindros. Em nota, a companhia afirmou que a decisão se deve ao “cenário desafiador da indústria nacional do aço diante da entrada excessiva de aço importado” e à estratégia de concentrar esforços em ativos com maior rentabilidade.
Atualmente, a unidade de Pindamonhangaba conta com cerca de 2 mil funcionários diretos e 400 terceirizados. Até o momento, a Gerdau não se pronunciou sobre o desfecho da greve. O espaço segue aberto para manifestação da empresa.