Trabalhadores da Avibras entraram em greve de 24h, nesta quarta-feira (6). Eles exigem o cumprimento da liminar que determina o cancelamento da demissão de 420 funcionários. Também lutam pelo pagamento dos 30% dos salários que estão condicionados à recuperação judicial.
Segundo o sindicato, esta é a terceira greve deflagrada na Avibras desde que as demissões foram anunciadas, em 18 de março. Esta paralisação foi motivada pela sinalização de que a empresa não pretende cumprir a liminar, expedida pela 1ª Vara do Trabalho de Jacareí, que determina a suspensão imediata do desligamento de 420 funcionários da fábrica. Os trabalhadores reintegrados pela Justiça receberam e-mails enviados pela empresa, informando o cálculo de suas verbas rescisórias. Essa iniciativa contradiz inclusive o comunicado anterior, de que a Avibras pretendia atrelar essas verbas ao plano de recuperação judicial.
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Nesta greve, os trabalhadores reivindicam que a empresa abra negociações com o Sindicato para dar início ao processo de reintegração. Passadas duas semanas da demissão em massa, a Avibras ainda não atendeu ao chamado do Sindicato para negociação.
“A greve de hoje é um movimento de extrema importância, que tem de ser seguido por todos os sindicatos e ativistas país afora. Os trabalhadores estão unidos por uma luta de todos, que vai muito além de questões econômicas. É uma luta solidária. Enquanto a empresa não fizer todas as reintegrações e pagar os salários atrasados, a mobilização vai continuar”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
A Avibras informou que foi notificada na terça-feira (5) pela Justiça do Trabalho sobre a liminar que determina a suspensão das demissões. A empresa tem dez dias úteis para se manifestar e que não vai comentar sobre a greve.
Atualização:
Trabalhadores decidiram dar continuidade à greve iniciada ontem, que a princípio seria de 24 horas, e mantê-la por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia, nesta quinta-feira (7), informou o sindicato.