Incansável Seu Áureo fica no Top 5 da maior Ultramaratona Trail do Sul do Brasil

Nem o frio, a chuva e a serra são capazes de parar Seu Áureo. No auge dos seus 58 anos de idade, seu Áureo – que possui uma banca de jornais na avenida Cassiano Ricardo – enfrentou mais um desafio: Ultramaratona Caminhos de Caravaggio, realizada no Rio Grande do Sul em maio. De Farroupilha a Canela foram incríveis 217 quilômetros, superados com muita disposição e força de vontade.
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Confira depoimento de seu Áureo. Abaixo do depoimento constam outras façanhas do corredor!
“Tivemos vários ingredientes desfavoráveis no dia: chuva intermitente, garoa, ventos frios e lama, mas a beleza exuberante com suas cadeias de montanhas, plantações de uva e toda arquitetura rural em sua simplicidade compensaram a largada que ocorreu na cidade de Farroupilha. O destino final, Canela, estava a 135 milhas. Pelo auto custo, desta vez não consegui levar meu braço direito: o Rodrigo (irmão). Para cumprir a regra desta modalidade seria obrigatório uma mochila para carregar – além da hidratação, alimentação, kit primeiros e material noturno. Peguei meu kit costura: uma velha mochila e fui ajustando treino a treino até encontrar o equilíbrio e o conforto no peso entre costas e peito, somado ao velho cinturão já ajustado. Estava muito preocupado com todos os pequenos detalhes. Nada poderia sair errado. Até o que carregar na largada, entre mochila e cinturão, foi difícil decidir pois com calor o desgaste é maior. Já com frio muda tudo. A largada ocorreu às 7:h30. Frio chuva era nosso cardápio no momento. Aplicando todas as estratégias de treinos fui me deslocando fazendo a leitura do trajeto e das condições físicas até chegar no primeiro ponto. Passei bem rápido pegando o que precisaria até o próximo ponto e para surpresa dos STAFS ao invés de trocar de roupa, eu só trocava os jornais das costas e peito para evitar passar muito, frio o que já ocorria desde a largada. Correndo, comendo e bebendo quase sem parar fui seguindo confiante, vencendo cada etapa e para minha felicidade, próximo da minoria de atletas entre os top15 ali, pelo km70. A partir dos 90 quilômetros muitas mudanças ocorriam com a necessidade do equipamento noturno. Dr. Sérgio Cedano, próximo a mim, como foi praticamente o dia todo, perguntei se não se importaria em tentar acompanhá-lo, junto com seu apoio Amilton – condutor do carro: isso para minha própria segurança se algo desse ruim. Tudo certo saímos rasgando noite a dentro incrivelmente no mesmo PACE bem sincronizados, superando um a um até que próximo ao km 140 em um vale que liga duas montanhas, através da ponte de acesso, o organizador da prova disse que estava encerrando o evento por medida de segurança, já que o rio transbordou e não havia como passar. Frustrante, mas em seguida a incrível notícia que ali chegamos empatados como quinto colocado na geral. Sensacional! Para minha surpresa, nem sonhava com o pódio. Fizemos o nosso melhor com muita prudência, estávamos bem e próximos aos atletas da frente, sobrou pernas mas acabou. TOP 5 agora, último lugar do pódio Dr. CEDANO e eu, mas ali só pedra bruta. Pra mim a ficha não caiu ainda. A única certeza é que meus apoios (família ) que se encontravam nos bastidores deram todo suporte para eu ali estar sem se preocupar . Gratidão a minha esposa MARY (ficou trabalhando sozinha na BANCA), minha filha SUZANA ( absorveu todos os custos) e meu filho VINÍCIUS ( com repositor energético). Mas sem às bênçãos divinas nada seria possível a ninguém, AMÉM”!
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