Festas juninas igrejas agitam São José dos Campos com comidas típicas, música e diversão para toda a família.
As tradicionais festas juninas igrejas já começaram a movimentar os bairros de São José dos Campos. Três paróquias da cidade se destacam neste ano com celebrações marcadas por comidas típicas, atrações musicais e um ambiente familiar, reforçando a cultura popular e a união comunitária.
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Na Paróquia Sagrada Família, localizada no Vila Ema, a festa acontece nos dias 31 de maio e 1º de junho, 7 e 8, 14 e 15 de junho. O evento é conhecido por seu bolinho caipira, um dos mais disputados da cidade, além de bingo, brincadeiras para crianças e shows musicais. As celebrações têm início sempre a partir das 18h, na Rua Padre Rodolfo, 28.
Já na Catedral São Dimas, o tradicional Arraiá do São Dimas 2025 promete animar a Praça Monsenhor Ascanio Brandão com muita música e comidas típicas. A festa será realizada nos dias 23, 24, 25, 30 e 31 de maio, 1º, 6, 7, 8, 13, 14 e 15 de junho, sempre a partir das 18h. A programação variada e o clima acolhedor fazem da festa um dos principais eventos do calendário junino joseense.
Outra grande atração ocorre na Paróquia São Vicente de Paulo, no Jardim São Vicente. O evento será realizado nos dias 31 de maio e 1º de junho, 7 e 8, 14 e 15, 21 e 22, 28 e 29 de junho, também a partir das 18h. Os visitantes poderão aproveitar comidas típicas, barracas variadas e atrações culturais na Avenida José F. Marcondes, 441.
Essas festas juninas igrejas são uma excelente oportunidade para reunir a comunidade em celebrações que resgatam a tradição caipira, promovem o convívio social e oferecem entretenimento para todas as idades.
Esta agenda cultural será atualizada com novas datas de outras igrejas.
2 Respostas
As festas juninas mudaram tanto, estão cada vez mais sem graça. Viraram apenas comércio de comidas e bebidas. Saudades das brincadeiras típicas, de fogueira, de dançar quadrilha…
História do Bolinho Caipira do Vale do Paraíba – SP
Não se conhece muito sobre a origem da iguaria, não havendo registros históricos ou fotográficos, tendo sido passada a gerações seguintes por meio de tradição oral.
Há diversas teorias sobre onde e quando se originaram.
Uma delas diz que ocorreu antes da colonização portuguesa, entre os índios puris, segundo a qual, eram utilizados peixes como lambari ou pequira, e farinha ou beiju na composição do salgado, até a vinda dos portugueses, que introduziram a carne de porco.
Outra hipótese afirma que o bolinho teria surgido com os tropeiros, durante o século XVII. De acordo com Elza Fortunato Carnevalli, de São José dos Campos, “o quitute nasceu com os tropeiros, há muito tempo, eles percorriam o Vale do Paraíba, a cavalo, margeando o rio”.
Na hora de comer, faziam uma mistura sovada de farinha de milho e água, temperavam e a enrolavam em um peixinho chamado pequira e fritavam”.
Assim, também davam o formato atual do bolinho caipira. Segundo outros relatos, o bolinho teria surgido à época da escravidão no Brasil.
Todavia, também sustenta-se que o bolinho tenha sido criado na cidade de Monteiro Lobato. Segundo esta versão, o bolinho caipira era conhecido anteriormente como “bolinho da Toninha”, por ser uma invenção de uma moradora do município. A iguaria era vendida no mercado tropeiro da cidade e, devido à sua posição dentro do Vale do Paraíba, a receita foi facilmente disseminada para outros municípios da região.
Independente da origem, os primeiros registros de comercialização do salgado datam de 1925 na cidade de Jacareí, onde eram preparados por Nicota Gehrke, vendedora do Mercado Municipal do município. Os petiscos até hoje gozam de grande popularidade, e anualmente é celebrada a Feira do Bolinho Caipira no município. Sendo a receita da quituteira Nicota Gerkhe de 1925 tombada como patrimônio cultural imaterial pela lei municipal nº5.497/2010.
Existem documentos que comprovem a origem? Apesar da tradição, não há documentos que comprovem a origem do bolinho caipira.
Também, conforme conta a cultura popular, o bolinho caipira teria surgido na Igreja Matriz de São José dos Campos entre os anos de 1920 e 1930, para alimentar os fiéis durante a festividade da “Procissão do Senhor Morto”.
“As pessoas ficavam na Igreja em vigília, principalmente na noite da Sexta-feira Santa. E aí elas precisavam se alimentar. Então as voluntárias da Igreja ficavam nas barracas preparando algo para alimentar esses fiéis.
Naquela época, a iguaria era preparada com lambari, um pequeno peixe muito comum no Rio Paraíba do Sul, que banha a região.
“Os católicos não comem carne vermelha durante a Semana Santa. Então as voluntárias preparavam o bolinho com o lambari. Preparavam a massa, limpavam o lambari e recheavam o bolinho, deixando a cabecinha e o rabinho do lado de fora”.
É o que explicou a historiadora que atua no Museu do Folclore de São José dos Campos.