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Entre a fantasia e a ação: as patologias sexuais na web

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“Hoje existem evidências de que certos homens e mulheres estão consumindo ‘web sex’ a ponto de terem prejuízos financeiros, nos estudos, no trabalho e na formação”, afirma neuropsiquiatra

439f8f261321e1d6a87785aac97087c7O acesso à internet possibilitou que as relações virtuais acontecessem de uma maneira menos compromissada com a realidade e favoreceu a aceitação de práticas sexuais incomuns ou consideradas inadequadas. Pode-se considerar que a democratização da sexualidade em ambientes virtuais tenha benefícios; porém, o excesso de informação sem critérios pode causar danos.
É possível observar espaços para a divulgação de fantasias como a zoofilia (prática sexual envolvendo animais). “Do ponto de vista médico trata-se de um transtorno sexual ainda pouco estudado. Estabelecer limites para relacionamentos mediados pela internet e avaliar a consequência dessa interação na prática não é tarefa fácil, mas necessária”, afirma o neuro-psiquiatra da Unep, Carlos H. Ferreira Banys.
Segundo o especialista em muitos aspectos a internet é o recurso tecnológico que mais impacta o comportamento sexual. “O fácil acesso, gratuidade e garantia do anonimato promovem um crescente consumo de informações relacionadas a sexo e materiais porno-gráficos ao redor do mundo”, conta.
Um termo próprio, “cybersex”, tem sido frequentemente usado para designar uma miríade de comportamentos relacionados a sexo nos espaços virtuais, seja para entretenimento, busca por informação ou contatos interpessoais. E o resultado dessa “exploração virtual” pode causar danos sérios e exercer algum tipo de controle sobre o comportamento de alguns indivíduos.
“Hoje existem evidências de que certos homens e mulheres estão consumindo ‘web sex’ a ponto de acarretar prejuízos financeiros, de tempo, nos estudos, trabalho e formação”, destaca o entrevistado. Além disso, deve-se haver uma grande preocupação com o contato entre adultos e crianças com propostas sexuais, bem como a disseminação ou troca de pornografia infantil.
O consumo de material pornográfico é um fenômeno de massa na cultura ocidental. O psiquiatra revela que dados extraoficiais indicam que 43% das navegações cheguem a um site com conteúdo sexualmente explícito, que 70% dos homens entre 18 e 24 anos visitam um site pornográfico pelo menos uma vez ao mês e que cerca de 55% dos estudantes universitários consomem esse tipo de conteúdo frequente-mente. “As mulheres também acessam sites pornôs. Estima-se que um terço de todos os consumidores da web seja do sexo feminino”, revela.

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De acordo com o especialista existem estudos que têm encontrado associações do consumo de pornografia com o uso de substâncias psicoativas, sexo grupal e comportamento sexual de risco em adolescentes. “Contudo, associações entre essas diferentes motivações e problemas psicológicos, físicos e sociais precisam ainda ser investigados por um número sufi-ciente de estudos”.

Mas há sites brasileiros desenvolvidos especificamente para abordar a zoofilia, com blogs e bate-papos. Neste caso a internet pode ser considerada nociva para quem possui esse tipo de compulsão, já que é um mercado ilimitado pela geografia, pela hora ou por números em sua área de abrangência.


“Identificar o limite entre o ‘cybersexo’ e a prática sexual representa um desafio, principalmente para os indivíduos que padecem de um transtorno. Naturalmente, existem situações em que o conteúdo pornográfico não é ilegal nem causa danos ao consumidor. Seguramente, este não é o caso da pedofilia. A intenção não é requerer que todas as pessoas adotem um estilo de vida singular. No entanto, para muitos, o tratamento é amplamente neces-sário”, encerra o neuropsiquiatra.

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