Faltas de EPI`s e de pagamento de adicionais relacionadas à insalubridade não procedem, garante posicionamento da secretaria da Saúde. “Todos os profissionais que atendem pacientes com Covid-19 têm seus direitos técnicos e salariais assegurados”, relata nota
Inaugurado em abril de 2018 pelo ex-governador, Geraldo Alckmin, o Hospital Regional de São José dos Campos vem recebendo críticas recentes de funcionários. Diversos relatos, enviados à Life por colaboradores na segunda (23), apontam diminuição da verba pelo não cumprimento de metas, que chegaria a cerca de R$ 1 milhão mensais, falta de EPI`s (Equipamentos de Proteção Individual) durante os primeiros meses de pandemia e ausência de pagamento do adicional de insalubridade aos profissionais que adoeceram pela Covid-19.
“Trata-se de uma situação arbitrária que demonstra o total descaso do governo estadual com enfermeiros, médicos, faxineiros, seguranças e administradores”, afirma uma profissional do Hospital Regional que prefere manter a identidade em sigilo.
Outro lado
Em nota, a secretaria de Estado da Saúde rebateu as queixas e relatou que os apontamentos não procedem e que não houve descontos referentes a metas. Conforme o texto a pasta aplicou, até outubro deste ano, mais de R$ 92,1 milhões na unidade de São José dos Campos, gerido em parceria com o Instituto Sócrates Guanaes. Além disso, de acordo com o governo, para garantir assistência nos serviços de saúde estaduais a pasta investiu R$ 3 milhões de recursos adicionais na unidade para fortalecimento do atendimento aos casos de COVID-19 e que hoje o HRSJC mantém 24 leitos operando para atendimento exclusivo de pacientes suspeitos ou diagnosticados com o novo coronavírus, sendo 10 leitos de UTI e 14 de enfermaria.
Sobre a proteção dos profissionais, a secretaria garantiu que o hospital preza pela segurança e qualidade de vida de todos os colaboradores e que é infundada a afirmação de que há “descaso”, já que a unidade possui estoque completo de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) garantindo proteção aos profissionais colaboradores, sendo que desde o início da pandemia somou em estoques mais de 400 mil EPIs entre máscaras, protetores faciais, aventais, óculos e luvas.
Referente aos salários, o governo afirmou que todos os funcionários que se dedicam especialmente no combate à COVID-19 têm todos os seus direitos técnicos e salariais assegurados e que qualquer profissional com suspeita da doença é temporária, preventiva e prontamente afastado, para recuperação de sua saúde e prevenção dos demais.
Críticas também na unidade de Caraguatatuba
Prefeitura da maior cidade do litoral norte questiona Estado sobre possíveis demissões no Hospital Regional
O prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Junior, encaminhou na segunda-feira (23) um ofício ao governador de São Paulo, João Dória, e à direção da organização social Instituto Sócrates Guanaes, pedindo informações sobre possíveis demissões que estariam ocorrendo no Hospital Regional do Litoral Norte, instalado na cidade. Desde o início do mês, a prefeitura de Caraguatatuba tem recebido relatos diários de demissões nas áreas de segurança, limpeza e até de profissionais clínicos.
Esses registros chegaram ao conhecimento da imprensa regional, conforme publicado pelo radar litoral. O Hospital Regional do Litoral Norte foi aberto parcialmente em 30 de março deste ano apenas para atendimentos de casos de Covid-19. Hoje funciona com 20 leitos de UTI e 10 de enfermaria para combate ao novo coronavírus.
Segundo o prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Junior, hoje existe uma clara e real necessidade de abertura de mais leitos para atender todas as cidades do Litoral Norte. “Temos recebido relatos diários de demissões de funcionários nas mais variadas áreas, sendo que o ideal seria o contrário, ou seja, admissão de mais funcionários. Existe uma preocupação se formos atingidos por uma segunda onda da doença”, disse.
Ele esclareceu ainda que o Hospital Regional ainda não iniciou as atividades para aquilo que foi realmente projeto. “O projeto inicial era para 220 leitos nas mais diversas áreas e ainda abrigar os serviços para tratamento de Oncologia”.
Secretaria da Saúde
Em nota oficial enviada nesta tarde de quarta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que recebeu o ofício e está em diálogo com o município de Caraguatatuba. “Não procede a informação de que houve “demissão em massa” no Hospital Regional do Litoral Norte, gerido em parceria com o Instituto Sócrates Guanaes. Atualmente, o HRLN conta com mais de 340 colaboradores. Até outubro deste ano, foram investidos mais de R$ 38 milhões a fim de custear a abertura, os atendimentos e as internações na unidade de saúde”, diz a nota.
Primeira Resposta
EU TRABALHO NESTE HOSPITAL, ELE É SIMPLESMENTE O MELHOR HOSPIATAL QUE JA TRABALHEI, NUNCA FALTARAM EPIS, NUNCA FALTARAM MASCARAS, NUNCA FALTOU NADA. MENTIRA, PAGAM DIREITINHO, TEMOS EXCELENTES RESULTADOS COM OS PACIENTES EM NOSSAS UTIS.
ABSURDO E LAMENTÁVEL ESSA PUBLICAÇÃO