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Erosões no Senhorinha degradam meio ambiente e oferecem risco a moradores

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Problema é antigo e piora a cada chuva. Enquanto prefeitura e Sabesp avaliam soluções, esgoto é jogado na água e desbarrancamentos se aproximam de residências

Principal córrego da zona sul, o Senhorinha sofre com a erosão causada pelo crescimento urbano desenfreado ocorrido nas décadas de 80 e 90. Soma-se à ausência de planejamento das autoridades a falta de educação de parte da população – que insiste em jogar entulhos nas margens do córrego, que nasce no bairro Dom Pedro II e se estende pelo Bosque dos Eucaliptos e Jardim Satélite, cortando parte considerável da zona sul, disparada a área mais populosa de São José dos Campos.
Infelizmente, a destruição da mata ciliar, a falta de saneamento básico e o crescimento populacional desordenado acarretaram em uma brutal aceleração do processo de erosão e desbarrancamento, que vêm aumentando a cada ano. Paralelo ao esgoto, que é jogado há décadas na água antes cristalina e inodora, o desenvolvimento prosseguiu e uma nova grande obra foi feita em julho de 2020 e liga a avenida Salinas à Evangélicos, no Campo dos Alemães. As obras necessárias soterraram toneladas de terra sobre uma tubulação antiga – que estourou no início deste mês de março e virou mais um ponto de despejo direto de esgoto no Senhorinha, assim como muitas vezes ocorre na altura do Jardim Satélite.
Além do meio ambiente, que sofre com o esgoto, os desbarrancamentos e erosões ameaçam casas de moradores do Jardim Sul. Eles já fizeram diversas solicitações à prefeitura, mas até o prezado momento não receberam nenhum posicionamento definitivo. Residentes de um condomínio veem a erosão cada vez mais próxima do muro que delimita o prédio, sendo que o avanço ocorre de forma constante a cada grande chuva.

Antes: Maior volume de água e variedade de peixes
Moradores que residem na região desde a década de 80 contam que, além da erosão de hoje, outra diferença é que o córrego possuía um volume de água muito maior que o atual, com diversas espécies de peixes. A aparência era linda, cercada pela mata ainda intocada.


Hoje: Mais pernilongos
Com a poluição das águas, aumentou o número de pernilongos, segundo o morador Alcides Alves do Nascimento. “Ficou insuportável de tanto pernilongo. Além disso, o acúmulo de entulho também virou problema, que suja o Senhorinha e ajuda a causar enchentes e desmoronamentos, como os que ocorreram agora. E o odor desagradável também incomoda bastante”, afirma Alves.

Não existe risco ao condomínio, garante secretário
Segundo o secretário municipal de Manutenção da Cidade, Ricardo Minoru, não há risco de a erosão atingir o muro do condomínio no Jardim Sul. “Os moradores podem ficar tranquilos com relação a isto”, garantiu

Prefeitura não estipula prazo, mas garante estudo e notifica Sabesp
Conforme Minoru, a secretaria de Manutenção da Cidade, em conjunto com a pasta de Obras, está realizando um estudo técnico para apresentar uma solução definitiva. Não foi informado prazo. De acordo com a assessoria da SMC, a Sabesp foi notificada pela prefeitura, logo após o rompimento da rede de esgoto do córrego Senhorinha, para que tome as devidas providências. Quanto à erosão na rua Miquelina Adamo, foi feita uma vistoria no local.

Sabesp
A Sabesp informou que já identificou, desde o início deste ano, pelo menos cinco trechos de deslizamento de taludes nas margens do Córrego Senhorinha, região sul de São José dos Campos, que causaram danos ao coletor-tronco de esgoto existente.
Segundo a empresa, os deslizamentos mais recentes foram após as fortes chuvas que atingiram a cidade, e novamente danificaram o coletor-tronco que já estava restabelecido.

Conforme o posicionamento, equipes da Companhia iniciaram as ações para a recuperação dos dois trechos danificados do coletor-tronco e embora seja prioridade, o serviço está sendo realizado de maneira cautelosa devido à instabilidade do tempo e ao risco de novos deslizamentos.

Ciclovia apresenta risco desde sua inauguração, há 5 anos
Os deslizamentos registrados recentemente (na altura da rua Taru, próximo ao campo de futebol) não são novidades na ciclovia da avenida Salinas – que beira o córrego Senhorinha e se estende da rua Lira, no Jardim Satélite, até a avenida Ouro Fino, no Bosque dos Eucaliptos. Inaugurada em 2016, a ciclovia tem cerca de 4 quilômetros e já registrou diversas aberturas de cratera.

“Teve uma época, no trecho situado atrás do Shibata, em que metade da ciclovia caiu. Usuários passavam apertado pelo canto, por cima do pequeno trecho de grama. Agora, este trecho caiu de vez! Tragédia anunciada, sorte que ocorreu de madrugada. Era nítido que por debaixo da ciclovia corria muita água”, afirma o corretor de imóveis, Sidney Almeida Porto.
Questões como o acúmulo de barro e a falta de iluminação são citadas por outra usuária. “Caminho pelo local, mas sempre de dia. Tem muito barro. Se for de noite, você não enxerga e o tênis fica atolado no barro, já que a iluminação é fraca e às vezes a escuridão predomina por um bom trecho. Tenho medo, dá bastante insegurança à noite”, relata a dona de casa, Vilma Marli Barbosa.
A ciclovia da Salinas custou R$ 880 mil e foi feita durante a gestão petista de Carlinhos Almeida.

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2 Respostas

  1. Srs esse Córrego conheço à 40 anos! Era limpo mas nunca foi preservado! Tinha até favela no entorno no qual em 87 a Prefeitura tirou tudo! Outra situação é que no Bairro B.Eucaliptos não passa caminhão de lixo com a mesma frequência de outros bairros! Não temos apoio do Caminhão Cata Treco que ajudava muito, o Pevi da R Lira Jd Satélite é fechada com telas que facilmente é cortada pelos ladrões com frequência para retirada de Equipamentos eletrônicos o qual eles tiram os cobres e jogam as carcaças no Córrego e na Mata! O córrego tinha 33 nascentes hoje se tiver 3 é muito! Há anos cobramos ações efetivas da Prefeitura e Sabesp para resolver esses Pontos de Esgoto abertos e não resolvem! Quem faz mutirão de limpeza no local é a própria comunidade através de Sab, Rotary, Grupo Suçuarana e Grupo do PVS da Região! O máximo que a Prefeitura ajuda é com os Sacos de Lixo e Caminhão! Convido os Srs à andar comigo para conhecer de fato o que acontece. Fizeram uma ciclovia numa área de Preservação sem nenhuma barricada para evitar os deslizamentos! Colocaram um Condomínio rente ao Córrego que é o Colônia Paraíso sem muro para evitar que a Comunidade de lá jogue o lixo nas encostas!
    Fizeram a interligação com maninhas estreitas no qual não dá vazão em período da chuva entupindo e arrebentando tudo! Então se existe responsáveis pelos constantes transtornos deve ser direcionado à Sabesp e Prefeitura.

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