Crime chocou São José dos Campos em novembro de 2024; comparsa também foi condenado e outros suspeitos ainda não foram identificados

A engenheira Lúbia Augusta Q. G., de 30 anos, foi condenada a 23 anos, 5 meses e 15 dias de prisão em regime fechado pelo planejamento e execução do sequestro do próprio namorado em São José dos Campos , com a intenção de extorquir R$ 250 mil. A sentença foi proferida pela juíza Naira Blanco Machado, da 3ª Vara Criminal de São José, e não permite que a ré recorra em liberdade.
A notícia mais rápida está em nossos grupos de WhatsApp na RM Vale. Escolha sua área: São José, Vale Central, Fé e Histórico, Litoral ou Mantiqueira.
O comparsa Marcus Vinicius M. G., de 27 anos, também foi condenado a 13 anos, 10 meses e 19 dias de prisão, também em regime fechado. Outros dois envolvidos no crime ainda não foram identificados.
O crime
O caso aconteceu no dia 8 de novembro de 2024. De acordo com o Ministério Público, Lúbia usou um pretexto para atrair o namorado até a rua Doutor Francisco de Souza. Ela disse que o carro havia quebrado e pediu ajuda. No local, ele e um amigo foram rendidos por dois homens encapuzados e armados, obrigados a entrar no veículo — onde a engenheira já os esperava, agindo em conluio com os criminosos.
O plano da quadrilha era levar as vítimas a um cativeiro em Jacareí e obrigá-las a realizar transferências bancárias. Lúbia receberia R$ 70 mil como pagamento por sua participação. Mas, as vítimas conseguiram escapar quando os criminosos trocaram de motorista durante o trajeto, e acionaram a Polícia Militar.
Apesar da fuga das vítimas, os criminosos conseguiram levar celulares, uma pulseira e uma corrente, que foram recuperados posteriormente. Lúbia e Marcus foram presos no mesmo dia. A polícia também localizou o carro utilizado por Marcus no crime.
No momento da prisão, Lúbia tentou se passar por vítima, alegando que também havia sido sequestrada e estuprada. Mas, após ser delatada por Marcus e confrontada com as provas, confessou o crime. A investigação concluiu que não havia indícios de estupro, e o Ministério Público arquivou essa parte do inquérito.
Na sentença, a juíza Naira Blanco foi enfática ao afirmar que o crime foi premeditado, com a clara intenção de obtenção de vantagem financeira. Ela destacou a gravidade do crime, cometido contra um parceiro afetivo, e a tentativa de manipular as investigações com falsas alegações.
“Roubar e extorquir um parceiro afetivo por mágoas ou vingança não é um ato de justiça, mas sim uma conduta reprovável e criminosa”, declarou a magistrada na decisão.
A Polícia Civil continua as investigações para identificar os outros dois integrantes da quadrilha que participaram diretamente da abordagem e tentativa de sequestro.






