Justiça condena atropelador de Marina Harkot a 13 anos; MP quer pena de 17 anos e prisão imediata; defesa vai recorrer
O empresário José Maria Jr. foi condenado a 13 anos de prisão pelo atropelamento fatal da cicloativista Marina Harkot, ocorrido em novembro de 2020, na avenida Paulo VI, em Pinheiros, São Paulo. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (24), no Fórum Criminal da Barra Funda, após julgamento que se estendeu pela madrugada.
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A ciclista, de 28 anos, morreu por politraumatismo após ser atingida pelo veículo conduzido pelo empresário, que dirigia em alta velocidade e embriagado. O Ministério Público argumenta que José Maria Jr. assumiu o risco de causar o acidente, caracterizando homicídio doloso qualificado por dolo eventual, e pede o aumento da pena para 17 anos, além da prisão imediata do réu.
A condenação e os detalhes do caso
O empresário recebeu 12 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio doloso qualificado, além de penas adicionais de seis meses em regime aberto por embriaguez ao volante e outros seis meses por omissão de socorro. Segundo a promotoria, José Maria Jr. dirigia a 93 km/h, quase o dobro da velocidade permitida na via, de 50 km/h.
Apesar da condenação, o réu poderá recorrer em liberdade. A defesa busca reverter a condenação de homicídio doloso para culposo, alegando que não houve intenção de matar.
O caso de Marina Harkot mobilizou a comunidade cicloativista e chamou atenção para a segurança dos ciclistas nas vias urbanas. Marina era socióloga e defensora do uso da bicicleta como meio de transporte seguro e sustentável.
A promotoria reforça que a conduta do réu foi extremamente irresponsável e perigosa, justificando o pedido de aumento da pena e de sua prisão imediata. O desfecho do caso continua em aberto, dependendo do julgamento dos recursos apresentados.
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