Obra vai remover mais de 34 mil m³ de sedimentos, restabelecendo calado operacional que bateu recorde de movimentação em 2024

O Porto de São Sebastião se prepara para uma intervenção de grande impacto: uma dragagem de proporção histórica, que visa remover mais de 34 mil m³ de sedimentos e restabelecer a profundidade operacional de seu principal berço de atracação. Com previsão de início em junho de 2025, a obra marca um dos maiores investimentos em infraestrutura portuária do litoral paulista nos últimos anos.
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Administrado pela Companhia Docas de São Sebastião (CDSS) e vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), o porto tem enfrentado o desafio do assoreamento natural, causado por chuvas, ventos e correntes. Estudos recentes indicam uma taxa média de deposição de sedimentos de 26 mil metros cúbicos por ano, o que compromete a segurança e a eficiência das operações.
A dragagem, que teve sua última edição em 2022, contemplará a retirada de 34.588,37 m³ de material do fundo da bacia de manobra e do berço 101, devolvendo à infraestrutura portuária sua plena capacidade operacional. “Esta dragagem é estratégica não apenas para a operação segura do Porto, mas também para manter a competitividade e a eficiência logística de São Paulo. É uma obra com impacto direto no desenvolvimento regional”, destaca Ernesto Sampaio, diretor-presidente do Porto.
O projeto já conta com empresa contratada para execução e outra para monitoramento ambiental. A expectativa é que o Ibama conceda nas próximas semanas a autorização final para o início da operação. A dragagem Porto São Sebastião terá duração de cinco meses, sendo 45 dias destinados à remoção efetiva dos sedimentos, utilizando embarcações especializadas: uma draga hopper e uma draga de sucção e recalque com sistema desagregador.
Todos os processos estão em conformidade com a Resolução CONAMA nº 454/2012. O monitoramento ambiental ocorrerá antes, durante e após a dragagem, com atenção especial à Baía do Araçá — área de manguezal de relevância ecológica. Caso haja qualquer indício de impacto ao ecossistema, as atividades serão imediatamente interrompidas.
Além da dragagem, o Porto vive um momento de franco crescimento. Em 2024, movimentou 1,5 milhão de toneladas de carga, um aumento de 48% em relação ao ano anterior. Entre os principais produtos movimentados estão açúcar, malte, cevada, barrilha, coque e silicato de vidro.
Com infraestrutura robusta e um dos maiores calados do Brasil (25 metros no canal de acesso), o Porto de São Sebastião consolida-se como peça-chave no corredor logístico do Sudeste brasileiro. A nova dragagem reafirma esse papel, garantindo operações seguras, sustentáveis e cada vez mais eficientes.
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Primeira Resposta
Ontem teve uma falha no sinal de Internet em toda parte do litoral!
Oque seria isso, talvez um ataque sibernético,essa é a notícia que está circulando por toda parte do mundo!