
Nesta terça-feira (2), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação do financiamento de mais de R$ 6 bilhões para a exportação de 39 aeronaves da Embraer. Essa operação, dividida em três contratos distintos, fortalecerá a balança comercial brasileira, somando mais de R$ 7 bilhões em exportação de bens de alta tecnologia e alto valor agregado.
A Skywest Airlines, a American Airlines e a Azorra Aviation Holdings LLC são as empresas envolvidas nos contratos que abrangem modelos variados da fabricante brasileira. A Skywest Airlines receberá a exportação de dez jatos E-175, a American Airlines terá financiamento para até 11 aeronaves do mesmo modelo, enquanto a Azorra Aviation Holdings LLC adquirirá até 18 jatos dos modelos E-195-E2 e E-190-E2.
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A relevância dessas transações vai além dos números expressivos, pois, segundo o BNDES, elas contribuem para o desenvolvimento da indústria nacional de bens tecnológicos. Além disso, as exportações de aeronaves geram empregos de alta qualificação e são cruciais para a geração de divisas na economia brasileira.
No contexto mais amplo, as operações se alinham à política brasileira de apoio à exportação, buscando aumentar a competitividade das empresas nacionais no mercado internacional. O banco ressalta que essas iniciativas não apenas fortalecem a presença global da Embraer, mas também promovem a participação ativa do Brasil no cenário internacional.
Em 2023, o BNDES aprovou e contratou sete operações de financiamento à exportação da Embraer, totalizando 67 aviões comerciais e alcançando um montante de até R$ 10 bilhões em financiamento. As entregas dessas aeronaves estão programadas até 2025.
Destaca-se ainda que, desde 1997, o BNDES tem desempenhado um papel fundamental ao financiar aproximadamente US$ 25,6 bilhões para a exportação de 1,3 mil aeronaves da Embraer. Esse suporte tem permitido à empresa competir internacionalmente em igualdade de condições com seus concorrentes, complementando os investimentos provenientes do setor privado.
Por fim, duas das recentes operações (American Airlines e Azorra) foram seguradas pelo Seguro de Crédito à Exportação (SCE), lastreado no Fundo Garantidor de Exportação (FGE). Essa medida, vinculada ao Ministério da Fazenda, busca mitigar riscos comerciais, políticos e extraordinários que possam impactar as operações de crédito à exportação, fortalecendo a segurança dessas transações e contribuindo para a estabilidade do setor.