Gigantes da aviação informam que há discussões em andamento, mas ainda sem garantias concretas. Sindicato repudia negociação e pede veto de Temer
A economia brasileira pode sofrer um grande impacto em breve. Com 16 mil funcionários no Brasil – sendo a maioria em São José dos Campos -, a Embraer acena com uma possibilidade de fusão com a americana Boeing. Ambas as empresas emitiram um comunicado à imprensa na manhã desta sexta-feira (22) em que confirmam a existência de conversações a respeito de uma potencial combinação.
A mensagem informa também que as bases da parceria encontram-se em discussão e que não há garantias concretas sobre a negociação. Ainda segundo a Embraer e a Boeing qualquer transação estaria sujeita à aprovação do governo brasileiro e agências reguladoras, bem como dos respectivos conselhos e dos acionistas da empresa brasileira.
A negociação faz parte de uma política de desnacionalização que vem sendo adotada pela Embraer nesta década.
Sindicato se manifesta – O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos disse que repudia a possibilidade de negociação entre as duas empresas por avaliar que a Embraer é estratégica para o país. A categoria também pede que o presidente Michel Temer não autorize a negociação.
“Única fabricante brasileira de aviões e terceira maior do setor no mundo, a Embraer não pode ser vendida para capital estrangeiro. Exigimos que o governo federal vete a venda e ‘reestatize’ a Embraer como forma de preservar e retomar este patrimônio nacional”, diz trecho de comunicado da entidade.