Em São José dos Campos, 29 furtos de hidrômetros ocorreram em duas madrugadas, segundo dados obtidos pela Life Informa.
Os furtos de hidrômetros continuam preocupando comerciantes, moradores e autoridades em São José dos Campos. Em apenas duas madrugadas — segunda (14) e terça-feira (15) — foram registrados 29 furtos na região central da cidade, segundo dados exclusivos obtidos pela Life Informa junto à Sabesp. O número chama atenção, já que o gráfico fornecido pela concessionária mostra uma média diária de dois furtos por dia em julho, revelando um pico de criminalidade nesses dois dias consecutivos.
Para ter a notícia mais rápida, junte-se aos nossos grupos de avisos rápidos no Whatsapp.
A Sabesp informou que o furto de hidrômetros é crime e pode provocar perdas de água por vazamentos, além de comprometer o abastecimento da população. A companhia orienta que, em casos como esses, o cliente deve registrar um boletim de ocorrência e notificar a empresa o mais rápido possível. A reposição é feita sem custos mediante a apresentação do BO.
Entre as recomendações da concessionária está a instalação da caixa UMA (Unidade de Medição de Água), que protege o equipamento contra furtos e vandalismo, além de facilitar o trabalho dos leituristas e aumentar a durabilidade do hidrômetro.
De janeiro a julho de 2025, já foram furtados 268 hidrômetros em áreas operadas pela Sabesp em São José dos Campos. Somente em julho, já são 42 furtos registrados, número que supera o mesmo período do ano passado — e o mês ainda está na metade.
A Polícia Militar também foi procurada pela reportagem. Em nota, afirmou que realiza patrulhamento ostensivo diário no centro e região expandida, incluindo ações por meio da Atividade Delegada e do DEJEM (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar). Após os recentes episódios, a PM confirmou que o policiamento está sendo reforçado e novas ações preventivas e repressivas já estão em andamento.
Segundo o Tenente-Coronel Alain Kalzuk, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I), a operação será estruturada em três níveis de prevenção — primária, secundária e terciária — com ações integradas entre a Polícia Militar, Polícia Civil e Sabesp:
Prevenção primária: articulação com a Sabesp para estudar a viabilidade de instalação de dispositivos físicos de proteção nos hidrômetros, dificultando ou impedindo a subtração dos equipamentos. Uma reunião técnica entre os órgãos está prevista para alinhar soluções de engenharia e segurança.
Prevenção secundária: intensificação do policiamento preventivo e ostensivo nas áreas com maior incidência de ocorrências, conforme mapeamento prévio dos pontos mais críticos. A presença da PM nesses locais visa inibir novas ações criminosas e reforçar a sensação de segurança entre comerciantes e moradores.
Prevenção terciária: ações pós-crime, com foco na prisão em flagrante dos autores — ainda que limitada pelas atuais previsões legais — e na atuação conjunta com a Polícia Civil para identificação e responsabilização dos receptadores. A quebra dessa cadeia criminosa é vista como essencial para conter o avanço desse tipo de crime.
As três frentes visam não apenas reagir aos furtos já ocorridos, mas principalmente criar barreiras efetivas para impedir a continuidade dessa prática que gera prejuízos econômicos e insegurança no cotidiano da população.
Enquanto isso, comerciantes seguem lidando com os prejuízos. “Na véspera do feriado, furtaram o hidrômetro do nosso bar. Fiquei impossibilitado de abrir em pleno feriado. Imagina o tamanho do prejuízo”, relatou o proprietário do Decreto Bar e Drinkeria, na Vila Ema. Casos semelhantes ocorreram na Vila Adyana, Jardim Maringá, Esplanada e Jardim São Dimas, onde uma clínica médica e uma loja de queijos também foram vítimas da ação criminosa.
A Life Informa também procurou a Prefeitura de São José dos Campos, que ainda não respondeu até o fechamento desta edição. A matéria poderá ser atualizada assim que houver um posicionamento oficial.
Venda de cobre e latão
Muitos hidrômetros possuem componentes metálicos, como cobre, latão ou alumínio, que têm valor de revenda no mercado informal. Os criminosos costumam vender esse material para ferros-velhos clandestinos. Um hidrômetro pode render apenas alguns reais, mas em grande quantidade o lucro aumenta — o que estimula as ações.
2 Respostas
E o prefeito? Não diz nada? Não faz nada? Deve estar fazendo selfie com o bonezinho do Trump no Instagram!!!
Incompetente!!
50 conto o kilo do cobre mané,, galera ta aproveitando e metendo a mao nos hidrometros que estao faceis de tirar na beira da rua,,,tao lucrando para sustentarem o vicio, a prefeitura e um lixo,, nada faz para coibir a pratica dos furtos,, na verdade a prefeitura rouba mais que o povo ta nroubando nos hidrometros,, hidrometros e fixinha perto dos desvios da prefeitura,, superfaturamentos etc