“Nas favelas, no Senado… sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação…. Que país é esse???? (Façam o coro em suas cabeças agora)”.
Por Ana Glaucia / @anabogalhos
Esta música foi composta em 1978 por Renato Russo, época da ditadura militar e fala do desrespeito à Constituição, o descaso com os mais pobres, aliás… já refletia como naquela época já usavam os pobres como alavanca para o poder.
O que me impressiona é que esta música soa como uma profecia, profecia de que nunca vamos sair do lugar… Nosso cenário sempre se encaixa perfeitamente nos versos. Recentemente, tivemos um episódio bastante “estranho” onde pudemos afirmar com todas as letras que nunca foi sobre saúde. Nunca foi sobre as necessidades do povo.
Quando uns dizem “ó, é seguro abrir”, vem a Justiça e manda fechar. Quando os mesmos dizem “ó, a coisa está complicada… vamos fazer um plano aqui e fechar alguns lugares”, vem a mesma Justiça e diz que é para abrir. Independente de qual time você torce vamos combinar, “estranho”, não é?
“Na morte eu descanso
Mas o sangue anda solto
Manchando os papéis
Documentos fiéis
Ao descanso do patrão”
Como mudar? Enquanto subir a serra e não olhar para o próximo for algo comum… nada vai mudar. Já falei em outro texto, a mudança começa pequena, por você… ou seremos sempre a piada no exterior.
4 Respostas
Bom dia!!! As favelas da periferia matam muito menos que as favelas e mazelas existentes na políticas…basta ver o covidao…quantas vidas não ceifou?
Parabéns pelo texto. Infelizmente reflete a sociedade individualista e egoísta que somos. Um Povo que aprendeu que ser esperto e tirar vantagem de tudo é o certo.
Enquanto essa mentalidade for a regra realmente não sairemos dessa LAMA. E não adianta colocar a culpa nos governantes, afinal eles apenas refletem o que somos.
Uma pena. O País do Futuro nunca chegará
Muito boa análise e ótima reflexão.
” Te chamam de ladrão
De bicha, de maconheiro
Transformam o país inteiro
Num puteiro
Pois assim
Se ganha mais dinheiro
A tua piscina
‘Tá cheia de ratos
Tuas ideias
Não correspondem aos fatos
O tempo não para
Eu vejo o futuro
Repetir o passado
Eu vejo um museu
De grandes novidades
O tempo não para
Não para não”…