Duplicação da Serra das Araras alcança 38% das obras e promete reduzir tempo de viagem entre Rio e SP pela Via Dutra

A duplicação da Serra das Araras já alcançou 38% de avanço e se consolida como uma das mais importantes obras de infraestrutura rodoviária em execução no Brasil. Com investimento de R$ 1,5 bilhão, a intervenção acontece em um trecho de 16 quilômetros da BR-116 (Via Dutra), entre os kms 225 e 233, e deve impactar diretamente a vida de mais de 20 milhões de pessoas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
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O projeto da duplicação da Serra das Araras inclui a construção de 24 viadutos, duas rampas de escape, três passarelas, oito pontos de ônibus e melhorias em 14 acessos, além de uma nova feira de frutas para pequenos comerciantes da região. A execução é da empresa EGTC Infra, pertencente à Somah Investimentos, e a entrega total está prevista para 2029 — sendo a nova pista de subida concluída até 2028.
A obra é estratégica para o escoamento de cargas, já que 390 mil veículos circulam mensalmente pelo trecho, dos quais 36% são veículos pesados, responsáveis pelo transporte de mais da metade do Produto Interno Bruto brasileiro.
Com a duplicação, a velocidade média subirá de 40 km/h para 80 km/h, o que permitirá uma redução de até 50% no tempo de descida rumo ao Rio de Janeiro e 25% na subida em direção a São Paulo. Além do impacto logístico, estima-se a geração de cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos.
Acompanhada por uma delegação do CREA-RJ, liderada pelo presidente Miguel Fernández, a visita técnica ao canteiro de obras revelou a complexidade da operação. O grupo percorreu os galpões de pré-moldados, oficinas e centrais de britagem, em uma estrutura que envolve 34 frentes de trabalho em dois turnos e 265 máquinas pesadas.
Durante a visita, o gerente corporativo de engenharia da EGTC, Fábio Villari, destacou o uso de tecnologia de ponta, como a treliçadeira, empregada para sustentar vigas dos novos viadutos. Já o gerente Eduardo Meira apresentou a maquete eletrônica e relatou que, apesar dos desafios, a segurança é prioridade no canteiro, com equipe especializada, ambulância e apoio da concessionária Motiva.
O presidente do CREA-RJ ressaltou a importância da obra para o futuro da mobilidade nacional e afirmou que o Rio de Janeiro precisa de mais projetos estruturantes como este. Ele também destacou a reorganização do setor de engenharia no estado, após o impacto da Lava Jato, com a EGTC surgindo como referência em inovação e execução técnica.
Com a conclusão da obra, as pistas antigas serão desativadas, e a nova estrutura promete mais fluidez, segurança e desenvolvimento para a região Sudeste.
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