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Distúrbios geomagnéticos gerados pelo Sol aumentam risco de infarto, aponta estudo feito com dados de São José

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Pesquisador do Inpe, Luiz Felipe Campos de Rezende é o autor correspondente da pesquisa publicada na revista Communications Medicine

Distúrbios geomagnéticos gerados pelo Sol aumentam risco de infarto, aponta estudo feito com dados de São José
Distúrbios geomagnéticos gerados pelo Sol aumentam risco de infarto, aponta estudo feito com dados de São José / Foto ilustrativa: superfície do Sol (olhardigital)

Um estudo recente identificou uma possível ligação entre distúrbios geomagnéticos causados por tempestades solares e o aumento de casos de infarto, especialmente entre mulheres. A análise, publicada na terça-feira (1) na conceituada revista Communications Medicine, utilizou dados da rede pública de saúde de São José dos Campos, coletados entre 1998 e 2005, período marcado por intensa atividade solar. As informações são da CNN Brasil.

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O trabalho foi conduzido por pesquisadores brasileiros, com destaque para Luiz Felipe Campos de Rezende, autor correspondente do artigo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ele explica que os dados sobre infarto do miocárdio foram cruzados com variações geomagnéticas mensuradas pelo Kp-Index, índice que mede perturbações no campo magnético da Terra.

“Classificamos os dias analisados como calmos, moderados ou perturbados, e os dados de saúde foram divididos por sexo e faixa etária. Embora os homens tenham apresentado o dobro de casos, a frequência relativa de infartos em mulheres foi nitidamente mais alta durante períodos de perturbação geomagnética. Na faixa de 31 a 60 anos, chega a ser três vezes maior”, explica Rezende.

Segundo ele os efeitos das tempestades solares sobre a saúde humana ainda são pouco compreendidos, embora já sejam bem documentados em sistemas como comunicação via satélite e GPS. No hemisfério Norte, desde os anos 1970, estudos vêm sugerindo que alterações no campo magnético podem impactar o sistema cardiovascular, interferindo no ritmo cardíaco, pressão arterial e até no relógio biológico.

“Este é o primeiro estudo feito com dados de nossas latitudes e, embora não seja conclusivo, representa um sinal relevante para futuras investigações científicas”, ressalta o pesquisador do Inpe. Ele alerta que não há motivo para pânico, já que a pesquisa é observacional, restrita a uma única cidade — São José dos Campos — e com uma amostra ainda limitada para extrapolações médicas.

Outro destaque do estudo é a maior suscetibilidade feminina aos efeitos das perturbações magnéticas, algo ainda pouco explorado na literatura científica. “Não encontramos publicações significativas sobre isso. É uma questão para estudos futuros”, afirma Rezende.

Prevenção e monitoramento

O Sol passa por ciclos de cerca de 11 anos de maior e menor atividade magnética. Especialistas indicam que estamos entrando agora, entre o final de 2024 e início de 2025, no chamado “máximo solar”, período de maior intensidade. Embora as perturbações geomagnéticas ocorram de forma esporádica, o Inpe, em São José dos Campos, mantém um site para monitoramento contínuo dessas variações.

“A ciência ainda tem um caminho a percorrer para prever com precisão as perturbações magnéticas. Mas, se os impactos na saúde forem confirmados, poderemos no futuro adotar estratégias de prevenção, especialmente para pessoas com histórico de doenças cardíacas”, finaliza Rezende.

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Imagens profissionais em parceria com o site Depositphotos.

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