Desvios na SSM ajuizados em ação do MP foram denunciados por secretário de Carlinhos

“Encaminhei a denúncia à auditoria da prefeitura”, afirma Antônio Carlos Wolff Nadolny. Dois ex-funcionários comissionados da secretaria de Serviços Municipais, indicados por vereadores, são acusados de superfaturar valores na compra de materiais de construção entre 2014 e 2016

Um esquema fraudulento perpetuado ao longo de dois anos (2014 e 2016) na pasta de Serviços Municipais (atual secretaria de Manutenção da Cidade) foi arbitrado em ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público. A ilegalidade teria favorecido dois ex-funcionários comissionados e uma empresa fornecedora de materiais de construção. Com exclusividade, o secretário da SSM durante a gestão petista, Antônio Carlos Wolff Nadolny, relatou à Life que denunciou o esquema na época e que os envolvidos foram indicados por representantes do povo no poder legislativo joseense.

“Quando descobri o esquema fiz uma reunião com o diretor e com a gestora de contrato e encaminhei a denúncia à auditoria da prefeitura, que iniciou uma apuração. Os envolvidos foram indicados por dois vereadores”, contou o ex-secretário, antes de acrescentar que sempre esteve à disposição do Ministério Público. “Presto todo esclarecimento sobre as medidas que foram adotadas”, complementa Nadolny.

Uma sindicância iniciada na administração passada (PT) foi finalizada recentemente pela gestão atual (PSDB) e serviu de base para a ação do Ministério Público. A investigação teria apontado que o esquema renderia cerca de R$ 15 mil por mês aos dois ex-funcionários da secretaria e R$ 10 mil para a empresa envolvida no esquema. O “serviço” consistia principalmente em fornecer uma quantidade menor de material do que o especificado nos pedidos feitos para as regionais da SSM. O caso teria levantado suspeito após diversas reclamações de munícipes sobre vias não pavimentadas que ainda não tinham material para manutenção.

Na ação, de improbidade administrativa, o MP pede que os denunciados indenizem os cofres municipais em R$ 900 mil.

Toda a corrupção relatada nesta matéria foi divulgada pela Life em 27/02/2018.