Operação ‘Cashback’ teve como alvo uma grande organização criminosa com atuação em SP, RJ, MG e SC; Foram cumpridos 32 mandados; um contra o homem em Caçapava
Em uma operação deflagrada na manhã desta quinta (27) a Polícia Federal prendeu um membro de uma quadrilha interestadual de tráfico de drogas em Caçapava, em uma casa de alto padrão em condomínio de luxo. A operação, intitulada ‘Cashback’, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro e tráfico de drogas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.
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A operação contou com a colaboração do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/RJ) e resultou no cumprimento de 18 mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão. Um dos principais alvos foi um homem de 54 anos, encontrado no bairro Santa Helena, em Caçapava. Durante a abordagem, os policiais apreenderam três celulares, anotações relacionadas ao tráfico de drogas, um contador de células e materiais utilizados para o preparo e embalo de entorpecentes.
Segundo a Polícia Federal do Rio de Janeiro, o homem preso tinha a função de coordenar o fretamento do transporte das drogas. Ele já possui um histórico criminal, incluindo uma prisão em 2000 junto com Sônia Aparecida Rossi, conhecida como ‘Maria do Pó’, uma das traficantes mais procuradas do Brasil.
Investigações e Denúncias
As investigações, que começaram em janeiro de 2022, revelaram que a organização criminosa movimentou milhões de reais com o tráfico de drogas. Em uma das ações, foram apreendidos R$ 1,5 milhão em espécie escondido na carroceria de um carro na rodovia Presidente Dutra, em Piraí (SP). Este valor foi rastreado até o comércio de drogas, levando à instauração de um inquérito.
As investigações também levaram à apreensão de grandes quantidades de cocaína: 805 quilos em Piraí (SP) e 808 quilos em Seropédica (RJ). A organização era responsável pelo transporte de drogas entre estados, abastecendo comunidades do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, e o Complexo do Salgueiro, na Região Metropolitana.
Estrutura
Os criminosos utilizavam uma elaborada estrutura para lavar o dinheiro obtido com o tráfico. Carros de luxo eram adquiridos e levados para o Mato Grosso do Sul como pagamento por entorpecentes. Contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas também eram usadas para movimentar grandes quantias de dinheiro. No primeiro semestre de 2021, a quadrilha movimentou R$ 15 milhões, com uma única pessoa movimentando R$ 14 milhões entre março e dezembro do mesmo ano.
Prisões e Apreensões
Além do homem preso em Caçapava, outros quatro membros da quadrilha foram detidos. O líder do grupo foi preso na quarta-feira (26), em Santa Catarina, com três carros de luxo, R$ 20 mil em espécie, relógios da marca Rolex e telefones celulares.
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