Por Marco Osio Pugliesi
Lado boêmio de São José anda capenga sem a velha e ótima música ao vivo – para desespero dos apreciadores e mais saudosistas
Maestro Tom Jobim e mestre Vinícius de Moraes não conseguiriam viver em São José nos dias de hoje. Para eles, não existe “jeito certo” sem convivência e permissão a um dos maiores prazeres da vida: a música! Sem contar o dom natural que nós, brasileiros, temos pelos acordes, notas e melodias.
Somos o país da música! Da terra tupiniquim que forma os maiores gênios desta arte constituída e evoluída ao longo da existência humana na Terra. Você sabia, prezado leitor, que não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias?
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Beethoven gostava de dizer que “a música é o vínculo que une a vida do espírito à vida dos sentidos”. Schopenhauer que “a música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende”. Para Victor Hugo, “a música é o verbo do futuro”.
Já para o “nosso” rebelde Cazuza, a música serve para “espantar os demônios, juntar os amigos, sentir o mundo e seduzir a vida”. Na magistral “Aquarela”, o Brasil canta – ao lado de Toquinho – como é gostoso juntar alguns bons amigos e beber de bem com a vida!
De volta à nossa realidade, é incompreensível que uma cidade do porte de São José dos Campos não possua uma lei específica que estabeleça normas e diretrizes para que bares e restaurantes possam levar a nobre arte da música ao vivo para o público. Além de tudo o que foi exposto neste artigo, existe a questão econômica! Os músicos da nossa cidade não estão conseguindo trabalhar! Bares estão fechando.
O setor de serviços, um dos poucos que conseguem sobreviver em meio ao recesso nacional, vem demitindo garçons, auxiliares de cozinha e similares. A boêmia joseense pede socorro, senhor Felicio Ramuth! Nas páginas a seguir desta edição da Centro Life você fica sabendo como o assunto vem sendo debatido pela classe profissional, empresários do setor, prefeitura, Câmara Municipal e sindicato. Música é vida! É arte, cultura. É economia! Forte abraço e até a próxima edição da Voz Ativa da Zona Central.