Coronel da Aeronáutica atira após policial civil matar seu cachorro. Confusão resultou em prisão e pessoas baleadas em Guaratinguetá
Uma confusão envolvendo um coronel da Aeronáutica e um policial civil resultou em disparos de arma de fogo e a morte de um cachorro na noite de quinta (10). O incidente, ocorrido no bairro Colônia Piagui, em Guaratinguetá, terminou com o coronel preso em flagrante após atirar contra o policial e outras duas pessoas. As informações são de Jesse Nascimento do portal vale360news.
Para ter a notícia mais rápida, junte-se aos nossos grupos de avisos rápidos no Whatsapp.
A situação se iniciou após o policial civil, de 50 anos, atirar contra o cachorro da raça pitbull, pertencente ao coronel, que avançou em direção a uma mulher de 34 anos. O coronel, visivelmente transtornado com a morte do animal, reagiu atirando. A confusão aconteceu em uma construção onde o policial civil, a mulher e outro homem de 30 anos estavam presentes.
Segundo o boletim de ocorrência, o coronel atirou ao menos três vezes. O policial foi atingido de raspão, e todos se abrigaram em um cômodo, enquanto o coronel continuava a disparar. A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou o coronel armado, que foi preso. A perícia técnica foi chamada para realizar os levantamentos necessários no local dos disparos.
Prisão e desfecho
O coronel, de 61 anos, foi detido por tentativa de homicídio e disparo de arma de fogo. A Aeronáutica foi acionada para conduzir o oficial à delegacia, onde ele responderá pelos atos. De acordo com o boletim, o coronel estava sob violenta emoção após a morte do cachorro, fator que pode atenuar sua punição, sendo enquadrado na tentativa de homicídio privilegiado. A arma do coronel, devidamente registrada, foi apreendida, embora o registro estivesse vencido.
O policial civil envolvido no incidente alegou legítima defesa. Segundo ele, o primeiro disparo foi para afastar o cão, que voltou a avançar, obrigando-o a disparar novamente, causando a morte do animal. A perícia confirmou três lesões no corpo do cão, sendo duas delas causadas por um único projétil. O policial foi liberado após prestar depoimento, e a arma utilizada por ele foi apreendida para a realização de perícia balística.
Repercussão e investigação
As testemunhas no local relataram que o coronel, após o incidente com seu cachorro, começou a ameaçar as pessoas presentes, inclusive a mulher que o animal atacou. Os vídeos gravados pelas testemunhas mostraram o coronel disparando e proferindo ameaças de morte. A Polícia Civil segue investigando o caso, que será encaminhado à Justiça Militar. As armas apreendidas passarão por análise balística para identificar o número de disparos efetuados e confirmar as versões dos envolvidos.
A investigação ainda deve apurar mais detalhes sobre a motivação e a dinâmica dos fatos, com base nos depoimentos e nas evidências coletadas pela perícia técnica no local.
Veja também
Mais de 115 mil romeiros são aguardados sábado no Santuário de Aparecida
6 Respostas
Por mais que a pessoa seja habilitada a usar uma arma, ela é perigosa, porque o ser humano é fraco e não consegue controlar seus sentimentos.
Donos de animais precisam ter ciência de que ao sair com seus “pets” devem colocar guia curta e funcineira, para evitar esse tipo de situação.
Hoje em dia tem tanto louco achando que o animal é mais importante que ser humano…. Tem gente até beijando cachorro na boca de tão estúpido
Entao pelo menos respeita as pessoas na rua não dando o desprazer de ver cenas tao lastimáveis de babacas babando pelo seu pet, colocando a vida dos outros em risco.
A pergunta é: O cão da raça Pitbull estava solto? Se estava, realmente atacou alguém? Se me atacasse e eu estivesse armado, faria o mesmo…
Errado pelo cão sem solto e/ou sem focinheira, tem Lei, mas sabe como é né, Brasil … ainda mais esse tipo de gente que acha que tá no velho oeste americano que faz lei com o revolver na cintura. Quer dizer, se esses caras se encontram na Praça do Aquárius domingo, cheio de cachorro de grande porte fora Lei vai virar guerra campal, nunca vi uma mísera atuação de PM ou GCM sequer para interpelar os infratores, por si só já vira incentivo.
Depois, por que raios esses caras saem de casa armados? Estavam na função? Não, só aproveitam uma brecha ou permissão absurda para sentirem o poder de fazer Justiça com as próprias mãos e ainda se acham melhores que outros criminosos. Aguardemos a corriqueira impunidade e corporativismo que estimulam esses comportamentos.
É preciso aguardar a investigação para, somente após, fazer os “julgamentos” que sempre são postados antecipadamente.
Moro num prédio que tem um morador que cria um pitbull. Já avisei, depois de 2 ocorrências nas quais o cão estava sem focinheira, que acionarei a polícia na próxima ocorrência. Além disso, caso ele avance ou adote qualquer postura violenta, avisei também que mandaria o animal para a vala.