Cigarro eletrônico entre adolescentes expõe jovens a riscos pulmonares, cardíacos e neurológicos. Entenda os alertas médicos e saiba como agir.

Cigarro eletrônico entre adolescentes tornou-se um tema urgente de saúde pública, especialmente entre pais, mães e responsáveis. O uso de vapes e dispositivos eletrônicos para fumar cresce de forma silenciosa entre jovens e até crianças, muitas vezes associado a aromas adocicados e à falsa ideia de que não oferece riscos. No entanto, médicos alertam: os danos podem ser graves e duradouros.
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O assunto foi tema de um bate-papo promovido pela Life Informa, com a participação da pediatra Dra. Aruna Prakki, que atua há mais de 20 anos na área e acompanha de perto os impactos desse hábito na saúde de adolescentes.
Adolescência vai além dos 18 anos
Segundo a médica, a adolescência não termina aos 18 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, essa fase se estende até os 25 anos, período em que ocorre a maturação completa do cérebro. Isso torna o uso do cigarro eletrônico ainda mais preocupante, já que o sistema nervoso central está em plena formação.
O que existe dentro do cigarro eletrônico
Diferente do que muitos imaginam, o cigarro eletrônico não contém apenas vapor aromatizado. Estudos mostram a presença de nicotina em mais de 95% dos dispositivos, além de propilenoglicol, glicerina, metais pesados, aromatizantes químicos e, em alguns casos, THC, substância associada à maconha.
A concentração de nicotina pode variar drasticamente, chegando a níveis equivalentes a um maço inteiro de cigarros em um único pod. Esse fator aumenta significativamente o risco de dependência química.
Impactos no pulmão, no coração e no cérebro
O uso frequente do cigarro eletrônico pode provocar inflamações pulmonares graves, conhecidas como EVALI, condição diagnosticada por exclusão e associada diretamente ao vape. Há registros de imagens pulmonares semelhantes a “vidro fosco”, padrão também observado em doenças respiratórias severas.
Além disso, o consumo afeta o sistema cardiovascular, podendo causar taquicardia, arritmias, quedas de pressão e até infartos em jovens aparentemente saudáveis, inclusive atletas. No cérebro, a nicotina chega em poucos segundos, estimulando descargas de dopamina que geram prazer momentâneo, mas favorecem dependência, ansiedade, irritabilidade, insônia e déficit de atenção.
Riscos adicionais e efeitos a longo prazo
Outro ponto de alerta é o impacto na saúde bucal, com aumento de doenças periodontais, alterações no hálito e maior risco de câncer de boca. Substâncias presentes no vapor podem causar danos ao DNA das células, favorecendo mutações e o surgimento de neoplasias.
Há ainda registros internacionais de explosões dos dispositivos durante o uso, provocando queimaduras graves, lacerações e, em casos extremos, morte acidental de crianças.
Diálogo e informação são as principais armas
Para os especialistas, o enfrentamento do problema passa, principalmente, pelo diálogo dentro de casa. Mudanças sutis de comportamento, isolamento, queda no rendimento escolar e alterações de humor devem ser observadas com atenção. Conversas francas, adequadas à idade, são essenciais.
O exemplo dos adultos também pesa. O uso de cigarro eletrônico por pais e responsáveis normaliza o comportamento e enfraquece qualquer orientação contrária. Informação clara, limites bem definidos e presença ativa na rotina dos filhos fazem toda a diferença.
Mito ou verdade: ajuda a parar de fumar?
A ideia de que o cigarro eletrônico ajuda a abandonar o cigarro convencional é um mito. Pesquisas indicam justamente o contrário: usuários de vape têm maior chance de desenvolver dependência de nicotina e migrar para o cigarro tradicional ou outras substâncias.
O cigarro eletrônico adolescentes não é inofensivo. Pelo contrário, representa um risco real à saúde física, mental e ao desenvolvimento futuro dos jovens. Informar, orientar e conversar são atitudes fundamentais para proteger essa geração.
Para quem quer entender melhor os riscos e ouvir orientações confiáveis, o convite está feito: assista ao Bate-Papo Descomplicado completo com a pediatra Dra. Aruna Prakki. No programa, a médica explica de forma clara e acessível os perigos do cigarro eletrônico entre adolescentes, esclarece mitos, compartilha experiências do consultório e orienta pais e responsáveis sobre como conversar com os filhos. O conteúdo está disponível no link abaixo e é essencial para quem busca informação de qualidade e decisões mais conscientes dentro de casa.





