Saiba como a polícia identifica os donos e recupera aparelhos com IMEI, boletim de ocorrência e localização em tempo real
Em um esforço contínuo para combater o roubo de celulares, a Polícia Civil de São Paulo tem mostrado como a identificação dos donos e a recuperação dos aparelhos roubados dependem de um processo eficiente que envolve boletins de ocorrência, o número IMEI e o monitoramento da localização em tempo real. Recentemente, 737 celulares foram devolvidos aos seus proprietários após a operação Big Mobile, com destaque para a capital paulista, onde 672 aparelhos foram restituídos. Esse processo de recuperação é crucial para garantir que as vítimas não apenas se sintam seguras, mas também possam ter seus pertences devolvidos de forma eficaz.
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A identificação de donos de celulares roubados começa com a apreensão dos aparelhos, conforme explica o delegado Daniel Borgues, da 1ª seccional de polícia no centro de São Paulo. Os celulares são catalogados e identificados pelo número IMEI, essencial para localizar o proprietário. O número IMEI é uma sequência única que funciona como o “RG” do celular e pode ser encontrado na caixa do aparelho ou nas configurações do dispositivo. A importância do registro imediato do boletim de ocorrência, que inclui esse número, é fundamental para o êxito na recuperação do celular roubado.
No caso de aparelhos quebrados, com bateria descarregada ou bloqueados por senha, a Polícia Civil tem uma abordagem mais detalhada. Esses aparelhos são encaminhados para o departamento de inteligência, onde, com a ajuda de softwares específicos, é possível quebrar a criptografia e recuperar o número IMEI. A partir disso, a polícia pode buscar nos seus bancos de dados e entrar em contato diretamente com os donos dos aparelhos.
Além de registrar o boletim de ocorrência, a polícia orienta os cidadãos a compartilharem a localização em tempo real do celular. Muitos aparelhos modernos oferecem ferramentas de rastreamento, e as vítimas podem compartilhar essas informações com a polícia para agilizar a recuperação. A combinação dessas ferramentas com o número IMEI oferece uma estratégia poderosa para localizar celulares roubados de forma mais eficaz.
Para garantir mais segurança, a polícia também recomenda que as vítimas entrem em contato com seus bancos para bloquear temporariamente contas e cartões digitais vinculados ao aparelho roubado. Essa medida pode evitar que o criminoso faça transações ou gere custos indevidos na fatura da vítima.
Uma outra medida importante para os consumidores é o aplicativo “Celular Roubado”, lançado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esse aplicativo permite que os usuários solicitem o bloqueio do aparelho e da linha (SIMCard), além de bloquear alguns aplicativos instalados no celular. O bloqueio da linha impede que ela seja utilizada em outro dispositivo, enquanto o bloqueio do aparelho evita que o celular acesse as redes móveis brasileiras.
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