Com o coração dilacerado, mas a fé inabalável, Isabela Helfstein vê na prisão do motorista da BMW o início da justiça pela morte do filho Matheus, e transforma sua dor em um grito por consciência

A mãe de Matheus , Isabela Helfstein, viveu – na manhã desta quarta-feira (22) – um dos momentos mais difíceis e, ao mesmo tempo, mais esperados desde a morte do filho de apenas 20 anos, vítima de um acidente provocado por um motorista de BMW na madrugada de 28 de setembro, em São José dos Campos. A notícia da prisão de Heitor Rabelo Stetner trouxe um misto de emoções: dor, saudade e o sentimento de que, finalmente, um passo em direção à justiça foi dado.
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Com voz embargada e olhar firme, Isabela expressou o que sente desde o dia em que perdeu o filho. “Para mim é uma parte do conforto. Meu filho não volta. Mas eu sabia que Deus não ia me deixar desamparada, porque aqui nós temos lei, e eu tinha certeza que a Justiça seria feita. Essa prisão é a primeira parte. A gente precisa mostrar que nem sempre vai ficar impune. Isso é pra trazer consciência, pra que as pessoas saibam que o álcool e a direção não combinam”.
Matheus voltava para casa de Uber, de forma correta e segura, quando teve sua vida interrompida. O motorista da BMW, segundo as investigações, trafegava em alta velocidade e apresentava sinais de embriaguez. Desde então, a mãe passou a viver uma rotina de saudade e de luta.
Mesmo abalada, Isabela nunca perdeu a fé. Em meio ao luto, encontrou apoio em amigos, na igreja e em pessoas que sequer conhecia, mas que se sensibilizaram com sua história. “Deus levantou homens de honra para nos ajudar. Eu agradeço muito o pessoal da polícia, que fez um trabalho maravilhoso”.
Nas redes sociais, Isabela fez um apelo por testemunhas que pudessem contribuir com as investigações — e foi atendida. “Muita gente me procurou, muitas pessoas oraram por nós. E é por isso que eu estou de pé. Não é fácil, mas eu quero dizer pra todo mundo: não percam a fé, não percam a esperança. Às vezes a justiça tarda, mas ela não falha”, destacou.
A prisão do motorista não apaga a dor, mas representa, para Isabela, um sinal de que a verdade está sendo restabelecida e de que Matheus não será apenas mais um número nas estatísticas. “Meu filho tinha tantos planos. Era um menino bom, cheio de sonhos. Hoje, o que me sustenta é saber que Deus está cuidando de tudo. E que a justiça começou a ser feita”.
Entre lágrimas e fé, Isabela segue firme. Sua voz ecoa como um pedido de conscientização — e um lembrete poderoso de que a justiça, movida pela fé e pelo amor, é o primeiro passo para transformar a dor em legado.







3 Respostas
Meus sinceros sentimentos, família de Matheus. Que pena que ainda temos pessoas que consumem alcool e partem para a rua. Lamentável. Espero que a justiça seja feito e mantem o sujeito Heitor na prisão por um bom tempo.
A dor com certeza é inexplicável…
Glória à Deus por ter trazido à tona a verdade.
O mínimo que se espera, é a justiça ser feita.
Que DEUS permita que esse homem sem noção que causou essa dor, pague pelo o que fez
Neste caso a justiça parece que está sendo feita, bem diferente do caso da enfermeira Cibele, “assassinada” em um acidente de carro no anel viário, em Março deste ano. Até agora, as autoridades não deram nenhum retorno à sociedade.