Ex-secretário de Saúde de Caraguatatuba, Aloysio Millen de Mattos Junior é condenado por estelionato após receber salário sem trabalhar por quatro anos
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O médico Aloysio Millen de Mattos Junior, ex-secretário de Saúde de Caraguatatuba, foi condenado por estelionato após passar quatro anos recebendo salário sem trabalhar no serviço público. A decisão foi proferida na última quinta-feira (13), e a sentença prevê 2 anos e 7 meses de reclusão em regime aberto, além do pagamento de multa equivalente a cinco salários mínimos. As informações são do jornalista Salim Burihan.
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Em dezembro de 2023, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) já havia obtido na Justiça o bloqueio de bens e imóveis do réu, totalizando R$ 1.095.927,29.
Segundo a Promotoria de Justiça de Caraguatatuba, o médico foi afastado em 2016 com uma licença-saúde sob alegação de lesão na coluna, mantendo seu salário integral. Entretanto, investigações revelaram que, durante esse período, ele continuou trabalhando normalmente em sua clínica particular e praticando atividades físicas, como esqui, conforme imagens publicadas em suas redes sociais.
A Polícia Federal também confirmou que o médico viajava frequentemente para fora do país e que possivelmente possui cidadania americana.
Demissão por tentativa de aposentadoria por invalidez
O médico tentou obter aposentadoria por invalidez pelo CaraguaPrev, mas o pedido foi negado em agosto de 2022. Ele foi demitido do serviço público em agosto de 2023, após a instauração de um processo administrativo pela prefeitura de Caraguatatuba.
Agora, além da condenação criminal, o Ministério Público pede a aplicação da Lei de Improbidade Administrativa, o que pode resultar na perda definitiva de seus bens, no pagamento de multa no mesmo valor do prejuízo causado e na suspensão de seus direitos políticos por até 14 anos.
Atualmente, Aloysio Millen de Mattos Junior estaria morando nos Estados Unidos. Até o momento, ele não se manifestou sobre a decisão judicial, mas o espaço segue aberto para sua defesa.
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4 Respostas
A sentença prevê 2 anos e 7 meses de reclusão em regime aberto, além do pagamento de multa equivalente a cinco salários mínimos.
Para quem recebeu salário por 4 anos sem trabalhar, saiu muito barata essa condenação.
No mínimo, a devolução de todos os valores recebidos aos cofres do Município.
Torneira aberta ? Dinheiro do contribuinte. Que desmazelo por parte de quem pagou !
Ótimo. Agora só falta prender mais uns 100 mil políticos que fazem a mesma coisa no Brasil. Ganham sem trabalhar!
igual a esse, tem um monte escondido.